Raymond James no 3º tri de 2025: receita cresce 5% enquanto lucros caem 13%

Publicado 23.07.2025, 17:43
Raymond James no 3º tri de 2025: receita cresce 5% enquanto lucros caem 13%

A Raymond James Financial Inc (Nova York:RJF) divulgou seus resultados do terceiro trimestre fiscal de 2025 em 23 de julho, mostrando crescimento de receita, mas queda na lucratividade, já que as despesas superaram os ganhos de receita. A empresa de serviços financeiros continua a retornar capital significativo aos acionistas, apesar de enfrentar pressão nas margens.

Destaques do desempenho trimestral

A Raymond James reportou receitas líquidas de US$ 3,4 bilhões para o 3º tri de 2025, representando um aumento de 5% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, o lucro antes dos impostos caiu 13% em relação ao ano anterior, para US$ 563 milhões, enquanto o lucro por ação diluído caiu 8% para US$ 2,12.

Os ativos de clientes sob administração da empresa alcançaram US$ 1,64 trilhão, com US$ 944 bilhões em contas baseadas em taxas. Os novos ativos líquidos do Grupo de Clientes Privados domésticos totalizaram US$ 11,7 bilhões, representando uma taxa de crescimento anualizada de 3,4%.

Como mostrado nos seguintes destaques trimestrais, a Raymond James manteve posições fortes de capital e liquidez com um índice de alavancagem Tier 1 de 13,1% e caixa corporativo de US$ 2,3 bilhões:

Análise financeira detalhada

O resumo financeiro revela a extensão dos desafios de lucratividade da Raymond James, apesar do crescimento da receita. Enquanto as receitas líquidas aumentaram 5% em relação ao ano anterior para o trimestre e 10% para o ano fiscal até o momento, o lucro antes dos impostos diminuiu 13% no trimestre. A margem antes dos impostos da empresa contraiu significativamente para 16,6%, de 20,0% no mesmo trimestre do ano anterior.

Essa compressão de margem é claramente ilustrada no gráfico a seguir, mostrando a tendência de queda nas margens antes dos impostos, tanto reportadas quanto ajustadas, nos últimos cinco trimestres:

O principal fator de pressão nas margens parece ser o crescimento das despesas, particularmente em despesas não relacionadas à compensação, que aumentaram 28% em relação ao ano anterior. O total de despesas não relacionadas a juros aumentou 10% para US$ 2,8 bilhões, superando o crescimento de 5% da receita.

Desempenho por segmento

Os segmentos de negócios da Raymond James mostraram resultados mistos no trimestre. O Grupo de Clientes Privados, que representa a maior parte dos negócios da empresa, viu as receitas líquidas aumentarem 3% em relação ao ano anterior para US$ 2,5 bilhões, mas o lucro antes dos impostos diminuiu 7% para US$ 411 milhões.

O segmento de Mercados de capitais enfrentou desafios significativos, reportando uma perda antes dos impostos de US$ 54 milhões em comparação com um lucro no mesmo trimestre do ano anterior, apesar de um aumento de 15% nas receitas para US$ 381 milhões.

Os segmentos de Asset Management e Banco tiveram desempenho melhor, ambos mostrando crescimento tanto em receitas quanto em lucro antes dos impostos. As receitas de Asset Management aumentaram 10% para US$ 291 milhões, com lucro antes dos impostos subindo 12%, enquanto as receitas do Banco aumentaram 10% para US$ 458 milhões, com lucro antes dos impostos subindo 7%.

Impulsionadores de receita e desempenho bancário

As receitas líquidas consolidadas da empresa foram impulsionadas principalmente por taxas de gestão de ativos e taxas administrativas relacionadas, que aumentaram 8% em relação ao ano anterior para US$ 1,7 bilhão. As receitas de corretagem aumentaram 5% para US$ 559 milhões, enquanto as receitas de banco de investimento aumentaram 16% para US$ 212 milhões.

A receita de juros diminuiu 6% para US$ 990 milhões, enquanto a despesa com juros aumentou 17% para US$ 444 milhões, refletindo o desafiador ambiente de taxas de juros.

O segmento bancário manteve métricas de crédito sólidas com ativos não performantes em 0,34% do total de ativos e uma provisão para perdas de crédito em 0,93% dos empréstimos mantidos para investimento. A provisão bancária para perdas de crédito foi de US$ 15 milhões para o trimestre.

Gestão de capital

Apesar da queda na lucratividade, a Raymond James continuou sua agressiva estratégia de retorno de capital, recomprando US$ 451 milhões em ações ordinárias durante o trimestre a um preço médio de US$ 137 por ação. Isso representa um aumento significativo em relação aos US$ 243 milhões recomprados no mesmo trimestre do ano anterior.

A empresa também pagou US$ 102 milhões em dividendos de ações ordinárias durante o trimestre. No total, a Raymond James retornou US$ 1,79 bilhão aos acionistas por meio de dividendos e recompras de ações nos últimos cinco trimestres, com US$ 749 milhões restantes sob a atual autorização de recompra.

Contexto de mercado e perspectivas

As ações da Raymond James fecharam a US$ 160,61 em 23 de julho de 2025, com alta de 0,16% no dia. A ação foi negociada entre US$ 104,24 e US$ 174,32 nas últimas 52 semanas.

Os resultados do 3º tri mostram uma continuação da tendência observada no 2º tri, onde a empresa ficou abaixo das expectativas dos analistas. O relatório de lucros anterior para o 2º tri de 2025 mostrou um LPA de US$ 2,42, que ficou abaixo dos US$ 2,50 previstos, sugerindo um declínio sequencial no desempenho do 2º tri para o 3º tri, com o LPA caindo para US$ 2,12.

Embora a Raymond James continue a aumentar seus ativos de clientes e manter uma forte posição de capital, a significativa compressão de margem e a lucratividade em declínio podem preocupar os investidores. O agressivo programa de recompra de ações da empresa pode ajudar a sustentar o preço das ações no curto prazo, mas melhorias sustentadas na lucratividade provavelmente serão necessárias para a valorização do preço das ações a longo prazo.

A capacidade da empresa de gerenciar despesas enquanto continua a aumentar as receitas será crucial para melhorar as margens nos próximos trimestres. Os investidores também estarão observando o desempenho do segmento de Mercados de capitais, que mostrou uma perda substancial neste trimestre, apesar do crescimento da receita.

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