Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso prorrogou por 60 dias as investigações que apuram se o presidente Jair Bolsonaro descumpriu medidas sanitárias e se incitou a população a adotar comportamentos inadequados para o combate à pandemia da Covid-19, informou a corte nesta quinta-feira.
A decisão do ministro atende à Polícia Federal (PF), que pediu mais tempo para a sistematização da documentação apresentada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado.
A investigação, que também avalia a conduta de outros agentes públicos, foi aberta a partir do relatório final da CPI, e pede que seja verificado o cometimento de infração de medida sanitária preventiva, com a disseminação de desinformação sobre o uso de medidas não farmacológicas --uso de máscaras, lockdown e isolamento social--, a eficácia da vacina e a defesa do comprovadamente ineficaz tratamento precoce, além da proliferação de informações falsas relacionadas à chamada imunidade de rebanho.