Taxas futuras recuam com impasse comercial entre Brasil e EUA e falas de Galípolo no radar
O bitcoin perdeu os ganhos iniciais desta segunda-feira, 2, e opera próximo da estabilidade com a retomada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Por volta das 15h40 (horário de Brasília), o bitcoin caía 0,07%, cotado a US$ 104.308,59. O Ethereum avançava 1,81%, a US$ 2.549,13, de acordo com dados da Binance.
O presidente dos EUA, Donald Trump acusou a China de violar a trégua comercial e anunciou um aumento das tarifas para 50% sobre aço e alumínio, o que levou Pequim a ameaçar medidas para defender seus interesses e acusou os americanos de violar o pacto, gerando um sentimento de aversão ao risco nos mercados globais.
De acordo com a casa de análise Traders Union, o momento do mercado de criptoativos indica indecisão, com Índice de Força Relativa (RSI), sinalizando condições neutras, nem sobrecompradas nem sobrevendidas. Isso reforça a ideia de que o mercado está em um ponto de inflexão crucial, em que o próximo movimento dependerá de um rompimento acima do nível chave ou de uma nova queda em direção ao suporte.
Ana de Mattos, analista da Ripio, relembra que o bitcoin alcançou um novo topo histórico em maio, mas com sinais de exaustão temporária. Segundo ela, os dados sugerem que o mercado ainda quer subir, mas precisa de novas notícias ou investimentos para continuar a alta.
"Embora os investidores ainda estejam no lucro, o fôlego para seguir empurrando os preços começa a diminuir sem novos gatilhos. Dito isso, o impulso para novas altas pode estar temporariamente diminuindo", diz Ana de Mattos.
De acordo com os analistas, se os compradores não conseguirem retomar a faixa de resistência até US$ 107.000, o preço pode voltar a testar a mínima da semana passada em US$ 103.200. Por outro lado, uma quebra acima de US$ 107.000 provavelmente confirmará a continuação da tendência de alta para o início de junho.
Agora, os participantes do mercado aguardam dados importantes dos EUA nesta semana, incluindo o relatório mensal de empregos de sexta-feira, e a decisão de taxa do Banco Central Europeu.
*Com informações da Dow Jones Newswires