A MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) anunciou nesta quarta-feira (24) que adquiriu mais 3.907 Bitcoins (BTC). O valor pagou foi de US$ 45.292, o que dá um total de R$ 940 milhões pela compra. Como resultado, a empresa acumula 108.992 BTC sob custódia, totalizando US$ 2.918 bilhões.
Os BTC foram adquiridos entre 1 de julho e 23 de agosto, mas a empresa não revelou a data específica. A compra levou o custo médio de aquisição por BTC da MicroStrategy para US$ 26.769. O CEO da companhia, Michael Saylor, também compartilhou a notícia da aquisição.
Dessa forma, Saylor reforça a mensagem de que a MicroStrategy pretende comprar BTC mesmo tendo acumulado um prejuízo bilionário. Em julho, a empresa relatou prejuízo de US$ 689 milhões com seus BTC. No entanto, o valor é uma perda não realizada, visto que a empresa não realizou vendas.
MicroStrategy registra lucro mesmo comprando na “alta”
Essa compra foi a primeira vez em que a empresa comprou BTC em um momento de “alta” no preço. Afinal, o preço do BTC estava perto de uma zona de definição apenas poucas semanas atrás. Mesmo assim, a compra resultou num bom lucro para a empresa.
O valor total da compra em dólares foi de US$ 177 milhões com o BTC valendo US$ 45.292. Atualmente, cada unidade custa US$ 48.126, ou seja, a compra da MicroStrategy agora vale US$ 188 milhões. Dessa forma, a compra já resultou em uma valorização de 5,85%.
No total acumulado de suas reservas, a MicroStrategy acumula ganhos de 73,2% desde que realizou sua primeira compra há pouco mais de um ano. A visão estratégica da empresa segue focada no longo prazo, conforme a visão de Saylor.
“Se você está tentando melhorar seu balanço, minha melhor ideia é Bitcoin. Se você está tentando melhorar sua tecnologia, minha melhor ideia é a Lightning Network” disse Saylor em um tuíte recente.
Bitcoin cresce em preço e tecnologia
Aliás, a mensagem de Saylor mencionando a Lightning Network (LN) não veio por acaso, visto que a rede alcançou grandes marcas recentemente. Em primeiro lugar, a LN superou a marca de US$ 100 milhões em BTC alocados na rede.
Ou seja, cada vez mais pessoas estão utilizando a LN e confiando grandes quantias de dinheiro nas transações. Assim, a rede aos poucos deixa para trás o status de experimental e dá pequenos, mas importantes passos rumo à adoção em massa.
Outra métrica que cresceu foi o numero de nós da rede, que agora supera a casa dos 25.000 nós. O crescimento foi de 8% nos últimos 30 dias. Um nó é essencialmente um “usuário” na rede que configura seu computador para interagir com outros nós. Dessa forma, eles podem enviar, verificar e receber informações – neste caso, BTC.
Por fim, a capacidade da LN cresceu cerca de 78% no mesmo período, saindo de 1.800 para mais de 2.300 BTC, de acordo com dados do site 1ml. Esta capacidade corresponde ao total de fundos que podem ser transacionados dentro da rede.
Tal crescimento é motivado pela crescente necessidade de uma solução para o problema de escalabilidade da Bitcoin. Como a blockchain tem capacidade para apenas sete transações por segundo, essas soluções são necessárias para que a rede possa ser utilizada em massa. Atualmente, empresas como a Lightning Labs e a Strike trabalham em soluções para viabilizar a LN o mais rápido possível.