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Investing.com - As ações da Heineken (AS:HEIN) caíram mais de 4% na segunda-feira, após um relatório de resultados misto.
O crescimento do EBIT acima do esperado e uma perspectiva estável foram ofuscados por pressões cambiais contínuas e desempenho mais fraco na Europa e nas Américas.
O gigante cervejeiro relatou um crescimento orgânico do EBIT de 7,4% para o primeiro semestre de 2025, superando a estimativa de consenso de 2,9%.
No entanto, um significativo impacto cambial negativo compensou o desempenho operacional positivo, levando a um lucro por ação (LPA) em linha com as expectativas.
A Heineken também manteve sua orientação para o ano inteiro de crescimento orgânico do EBIT entre 4% e 8%, mas a queda das ações sugere que as preocupações com os impactos cambiais e o desempenho regional abaixo do esperado superaram os resultados sólidos.
Os volumes orgânicos para o primeiro semestre do ano caíram 1,2%, uma queda menor que o 1% esperado pelos analistas.
A receita, no entanto, aumentou 2,1%, superando a previsão do mercado de um aumento de 1,1%. A empresa atribuiu seu crescimento de receita ao mix de preços favorável, apesar de uma ligeira contração no volume, como destacado no relatório da Jefferies.
Operando em um ambiente desafiador, a Heineken se beneficiou de iniciativas de redução de custos, realizando economias de US$ 300 milhões no primeiro semestre de 2025, à frente de sua meta anual de US$ 400 milhões.
A empresa aumentou sua meta de economia para US$ 500 milhões para o ano, refletindo melhorias contínuas de eficiência.
Em termos de regiões, o negócio da Heineken na África, Oriente Médio e Europa Oriental (AME) apresentou um desempenho particularmente forte, com crescimento orgânico do EBIT de 102,8%.
Nigéria e Etiópia estavam entre os principais contribuintes para esse crescimento. A Ásia-Pacífico também entregou resultados sólidos, com crescimento orgânico do EBIT de 11%, impulsionado por fortes desempenhos no Vietnã e na Índia.
No entanto, a Europa foi um ponto fraco, com uma queda de 4% nas receitas orgânicas e uma queda de 5,2% no EBIT, atribuída a negociações prolongadas com varejistas e demanda contida em mercados como Polônia e Áustria.
Embora essas negociações tenham sido resolvidas, espera-se que continuem a impactar o segundo semestre do ano.
Da mesma forma, a região das Américas registrou uma queda de 2,3% no EBIT, com desafios no Brasil e nos EUA ligados tanto a pressões de volume quanto a dificuldades de precificação.
A empresa também ajustou sua previsão cambial para o ano inteiro. O impacto negativo do câmbio no EBIT agora é esperado em US$ 310 milhões, ligeiramente melhor que a estimativa anterior de US$ 320 milhões.
No nível de lucro líquido, a Heineken prevê um impacto cambial de US$ 160 milhões, uma melhoria em relação à projeção anterior de US$ 180 milhões.
Apesar dos resultados mistos, a estratégia da Heineken continua focada em manter aumentos de preços e impulsionar eficiências operacionais para compensar as pressões de volume.
A empresa agora espera volumes amplamente estáveis para o ano inteiro, com a contribuição contínua do mix de preços continuando a apoiar o crescimento da receita.
A orientação da Heineken para o ano completo de 2025, incluindo crescimento orgânico do EBIT na faixa de 4% a 8%, e uma meta revisada de economia bruta de US$ 500 milhões, sugere confiança em seus esforços de redução de custos e estratégia de preços, mesmo enfrentando ventos contrários em alguns mercados-chave.
"Não esperamos que o consenso se mova materialmente neste estágio, no entanto, a porta está aberta para atualizações após um primeiro semestre mais forte que o esperado", disseram analistas da Jefferies em uma nota.
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