Investing.com - O dólar norte-americano atingiu novas altas de quatro anos em relação às principais moedas mundiais hoje, uma vez que dados mais fortes sobre as vendas de imóveis residenciais novos nos EUA somaram-se às expectativas de um aumento antecipado na taxa de juros por parte do Banco Central dos EUA (Fed).
Dados oficiais mostraram que as vendas de imóveis residenciais nos EUA subiram 18,0% no mês passado, para 504.000 unidades, superando as expectativas de um ganho de 4,4%, para 430.000 unidades. Foi o maior nível desde maio de 2008 e marcou o segundo mês consecutivo de ganhos.
As vendas de imóveis residenciais novos para julho foram revistas para uma alta de 1,9% em relação a uma queda estimada de 2,4%.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,41%, para 85,16, o nível mais alto desde julho de 2010.
USD/JPY caiu 0,08%, para 108,80.
O iene encontrou apoio mais cedo, após o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ter expressado preocupações com o impacto econômico da recente fraqueza do iene.
Abe disse que um iene mais fraco causou impactos positivos e negativos e que ele queria observar cuidadosamente o impacto da fraqueza do iene sobre as economias regionais e as pequenas e médias empresas.
O euro atingiu uma nova queda de 14 meses em relação ao dólar norte-americano, com EUR/USD recuando 0,49%, para 1,2782.
No início do dia, um relatório mostrou que o índice Ifo de confiança no ambiente de negócios caiu pelo quinto mês consecutivo em setembro, somando-se aos temores relacionados às perspectivas para a maior economia da zona do euro.
O índice Ifo de clima no ambiente de negócios caiu para 104,7, dos 106,3 de agosto. Foi o nível mais baixo desde abril de 2013 e muito mais fraco do que as previsões dos economistas de 105,7.
Também hoje, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reiterou que o compromisso do banco com uma política monetária acomodatícia e disse que utilizará todas as ferramentas à sua disposição para combater a deflação na zona do euro.
“A política monetária permanecerá acomodatícia por muito tempo e posso dizer que o Conselho do BCE é unânime em se comprometer a utilizar os instrumentos à sua disposição para fazer a inflação voltar aos pouco menos de 2%”.
Em outros lugares, GBP/USD caiu 0,30%, para 1,6341, ao passo que USD/CHF subiu 0,53%, para uma nova alta de um ano de 0,9447.
Os dólares australiano e neozelandês permaneceram em alta. AUD/USD subiu 0,33%, para 0,8869, saindo de uma baixa de 0,8830 atingida durante a noite. NZD/USD subiu 0,26%, para 0,8071, ficando acima da baixa de um ano de 0,8041 atingida durante a noite.
Enquanto isso, USD/CAD atingiu uma nova alta de seis meses, subindo 0,08%, para 1,1086.
Os investidores permaneceram cautelosos após os ataques aéreos norte-americanos à Síria, durante a noite, terem inflamado as preocupações com riscos geopolíticos.