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BC não disse que subiria juros se regime fiscal fosse quebrado, diz Campos Neto

Publicado 07.10.2020, 16:15
Atualizado 07.10.2020, 18:25
© Reuters. .

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou que a autoridade monetária vá elevar a Selic caso o teto de gastos seja desrespeitado, frisando que o gatilho para alta dos juros básicos está ligado à inflação, sendo que o BC segue relativamente tranquilo nesse aspecto.

"Foi interpretado de alguma forma como se o Banco Central estivesse dizendo que ia subir juros, e não foi isso", afirmou ele em entrevista à rádio Jovem Pan.

"Isso não quer dizer que o Banco Central vai subir juros, o Banco Central tem uma meta de inflação e vai reagir, obviamente, à medida que esse elemento contamine as expectativas de inflação e contamine a curva de inflação", acrescentou.

De acordo com Campos Neto, a função reação do BC é em relação à inflação e é isso que tem sido comunicado pela autarquia.

Em palestra a investidores promovida pelo JP Morgan na semana passada, Campos Neto indicou, segundo relatos de três fontes que participaram do evento, que o BC retiraria imediatamente seu compromisso de não subir os juros, explicitado na nova política de "forward guidance" (orientação futura), no caso de violação do teto de gastos. [nL1N2GS1KM]

Na entrevista para a Jovem Pan, Campos Neto afirmou que, em sua fala prévia, ele quis ressaltar que o BC, nessa situação, abandonaria o "forward guidance".

"Se houver quebra ou se a gente entender que existe algum tipo de contabilidade criativa que vai fazer com que o perfil da dívida a longo prazo piore, a reação do Banco Central inicial é tirar esse instrumento que nós colocamos, que é instrumento que dá previsão de juros mais baixos por um tempo mais longo", afirmou.

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Sobre a inflação, ele reconheceu que existem pressões em curso, mas disse que há pontos que devem ser observados em relação à alta no preço de alimentos, como o efeito do auxílio emergencial e o fato de as pessoas estarem gastando mais com alimentação em domicílio pelo fato de não estarem consumindo determinados serviços num quadro de distanciamento social.

"É importante contemporizar e analisar todos os fatores porque nós olhamos o núcleo de inflação e olhamos o cenário de inflação e, apesar de entendermos que existem essas pressões, nós estamos relativamente tranquilos com o cenário de inflação à frente", disse.

A respeito da perspectiva dos juros básicos no Brasil permanecerem baixos, ele sinalizou que a capacidade ociosa grande sustenta essa possibilidade, mas ponderou que se houver desequilíbrio fiscal que contamine as expectativas, isso pode contaminar a curva de inflação.

"Com disciplina fiscal e com uma perspectiva de estabilidade, nós entendemos que é possível viver com juros baixos mais tempo. O quão baixo eu não tenho como dizer", afirmou.

A Selic está atualmente na mínima histórica de 2% ao ano e o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos dias 27 e 28 deste mês para sua próxima decisão sobre os juros.

DINÂMICA DA DÍVIDA PÚBLICA

Durante sua participação, Campos Neto fez enfática defesa do teto de gastos, complementando que despesas que desrespeitem o mecanismo farão o país sofrer adiante.

"Se esse gasto que você fizer gerar uma grande instabilidade em termos de credibilidade, o custo dele que vai inibir o crescimento futuro é muito maior que benefício que ele gera", afirmou.

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O presidente do BC sublinhou que a trajetória da curva de juros no Brasil está muito ligada à percepção de estabilidade fiscal. E indicou que tem conversado com o governo sobre a dinâmica recente da dívida, com a avaliação de que o aumento recente dos prêmios em títulos curtos faz parte de um desequilíbrio "muito perigoso".

O compromisso do governo com a sustentabilidade das contas públicas tem sido colocado em xeque em meio a indefinições sobre o financiamento de um novo programa de transferência de renda a partir do ano que vem e seu enquadramento na regra do teto de gastos.

Questionado sobre a possibilidade da rolagem dos títulos públicos que vencem no curto prazo ficar muito mais complicada caso o governo não consiga passar o recado de comprometimento com o fiscal, ele respondeu "exatamente".

"Começou a ter uma percepção no mercado que a necessidade de rolagem de dívida era muito alta. Isso pressiona o prêmio desses títulos de dívida, faz com que as taxas de juros futuras comecem a subir. O governo reage encurtando um pouco a dívida, depois os próprios papéis de dívida mais curta começam também a ter um prêmio e isso gera uma disfuncionalidade", afirmou.

"Nós (do BC) somos a parte monetária e cambial da equação, mas a gente sempre tem uma interação com o governo no sentido de alertar que isso é um equilíbrio, ou é um desequilíbrio, melhor falando, muito perigoso", acrescentou.

CÂMBIO E NOVA CPMF

Em meio à forte alta do dólar neste ano, o presidente do BC destacou que o real é uma moeda líquida e, com a Selic baixa, há tendência de a moeda ser usada como instrumento de hedge.

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Mas ele disse que, mais recentemente, também foi o ruído político e fiscal que fez com que a desvalorização do real se acentuasse.

Sobre o novo imposto sobre transações que o governo quer implementar nos moldes da CPMF com o objetivo de bancar a desoneração da folha de pagamento das empresas, Campos Neto voltou a dizer que "não tem nenhum banqueiro central que não se preocupe com a parte de intermediação financeira, principalmente quando os juros estão muito baixos e quando você tem a possibilidade de ter qualquer imposto de transação financeira".

Um tributo nesses moldes é visto por especialistas como possível empecilho à intermediação financeira de modo mais rápido e expressivo que a CPMF no passado, afetando a dinâmica de investimentos, a expansão do crédito e a quantidade de dinheiro vivo em circulação. [nL1N2FE1RX]

Últimos comentários

BC ta perdido
Será que este Campos Neto já descobriu que ele é presidente do Banco Central. Parece o técnico do Corinthians só faz lambança!
comprem doleta. Vocês estão remando contra maré, esqueça Brasil, faça como os gringos. COMPREM dólar. Dou a dica e vocês não aprendem.
Campos Neto mais perdido que cachorro em dia de mudança. Estamos no meio da tempestade sem timoneiro.
Campos Neto não passa de um arrombado
Playboy estagiario do BC, so um milagre nos salvara dessa gestao desastrosa!
governo gangorra..
Se chegar na meta vamos dobrar a meta. Saudades do avô dele.
O pessoal da área econômica fala quando deveria calar e cala quando deveria falar, mas quando fala complica e quando cala deixa à imaginação de cada um.
Esse tem um lugar especial no obituário do poder de compra dos brasileiros.
entao ele disse que nao subiria o juros se nao fosse quebrado o regime fiscal, ou subiria se fosse quebrado caso nao fosse.....se somente se ...cheios de misterios...abre a boca e fala para a transparencia que o seu chefe tanto vendeu na eleicao funcionar...
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