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Indústria tem que levantar a cabeça e se defender, afirma Mercadante, sobre protecionismo

Publicado 23.05.2024, 14:01
© Reuters Indústria tem que levantar a cabeça e se defender, afirma Mercadante, sobre protecionismo

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira, 23, que o setor industrial brasileiro precisa reagir ao protecionismo praticado atualmente por outros países, inclusive os mais desenvolvidos. "A indústria tem que levantar a cabeça e tem que se defender", comentou. "O que estamos vendo é um protecionismo crescente, inclusive dos países mais industrializados", declarou ele, em discurso a executivos do setor.

Mercadante participou de evento em comemoração ao Dia da Indústria, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense.

À plateia, o executivo do banco de fomento frisou ser preciso falar de defesa comercial. "Precisamos saber usar com responsabilidade os poucos recursos fiscais que temos para alavancar os setores com competividade que temos na economia", defendeu.

Mercadante lembrou que quando o governo brasileiro decidiu taxar os carros elétricos importados "foi uma gritaria". No entanto, diz ele, os Estados Unidos já anunciaram uma taxação de 100% para os veículos chineses importados àquele país.

No caso do Brasil, disse Mercadante, a decisão pela taxação foi sucedida por num anúncio da indústria chinesa de fazer investimentos para produzir carros elétricos em território brasileiro.

Ele lembrou que o Brasil perdeu indústrias para outras economias devido à ideia de que, com o Estado mínimo e sem proteção às importações, o Brasil receberia investimentos externos e desenvolveria seu parque industrial. "Perdemos indústrias com a ideia de que basta tirar proteção, de Estado mínimo, que o capital externo vai vir e desenvolver. Não vai."

O executivo citou ainda como janelas de oportunidades para o Brasil os investimentos na produção de fármacos e de biocombustíveis.

"O Brasil tem como liderar esse processo", afirmou Mercadante, referindo-se à transição obrigatória do combustível de aviação para fontes renováveis. "Temos como ser vanguarda nesse processo de transformação."

O presidente do banco de fomento defendeu também a entrada do Brasil no desenvolvimento e produção de combustível renovável para a navegação. "Esse mercado é gigantesco", apontou.

Quanto à indústria farmacêutica, Mercadante lembrou uma linha recém-aberta pelo BNDES com crédito de R$ 500 milhões para financiar o fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) de equipamentos e materiais de saúde produzidos no País.

"Estamos chamando uma reunião com o Ministério da Saúde para ver o que podemos fazer com a Fiocruz", contou. "É um setor (o de fármacos) que aqui tem muita tradição e muita capacidade de avançar."

O executivo antecipou ainda que o BNDES lançará uma linha de fomento para o setor de audiovisual e cinema, mas disse que o anúncio oficial seria feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, portanto não poderia fornecer mais detalhes.

Indústria do aço

O presidente do BNDES disse também que o governo vai monitorar os compromissos da indústria do aço, que pediu barreiras à importação do produto e foi atendida. De acordo com o executivo, o governo poderá "flexibilizar" a iniciativa ou tomar "medidas adicionais".

A expectativa é de que seja publicada, no início de junho, a regulamentação da política de cotas para compras externas de aço, com alíquota de 25% no imposto de importação sobre volume que ultrapassar o teto definido para 11 itens.

"A indústria pediu cotas de importação para 35 produtos. Nós estamos começando com 11 produtos, e o compromisso é acompanhar. Nós vamos acompanhar tanto as necessidades da indústria, mas também o compromisso do setor de manter os fornos, o emprego, e fazer novos investimentos", disse Mercadante.

O executivo lembrou que o setor anunciou investimentos de aproximadamente R$ 100 bilhões pelo setor. "Já anunciaram R$ 103 bilhões de investimento. E o compromisso de não ter abuso dos preços", disse. "Então, o acompanhamento vai ser nas duas pontas: pode flexibilizar se houver, por exemplo, pressão inflacionária, ou pode-se tomar medidas adicionais, se todas essas exigências forem cumpridas."

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