Rio de Janeiro, 8 mai (EFE).- A taxa de inflação no Brasil foi de 0,55% em abril, uma alta frente a 0,47% medida em março, mas abaixo de 0,64% do mesmo mês de 2012, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da aceleração superficial do índice de preços, a taxa anualizada ficou em 6,49%, mais de um ponto acima dos 5,10% medidos entre maio de 2011 e abril de 2012, mas abaixo do teto da meta que o Governo estabeleceu para este ano.
A meta do Governo é terminar 2013 com uma inflação de 4,50%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, o que permite que o índice chegue a um teto máximo de 6,50%.
A inflação de 2012 foi de 5,84%, acima da meta, mas abaixo do teto da margem de tolerância.
A aceleração da inflação em abril deixou o índice acumulado nos quatro primeiros meses do ano em 2,50%, contra 1,87% do mesmo período do ano passado.
Até março passado a taxa anualizada estava em 6,59%, acima do teto da meta, o que obrigou o Banco Central (BC) a pôr fim em abril ao processo de redução gradual de juros e a elevar os juros em 0,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano, algo que não tinha acontecido nos últimos 15 meses.
A inflação se transformou em uma das principais preocupações do Governo nos últimos meses, que, além de reduzir as tarifas de energia elétrica e de elevar os juros, reduziu as tarifas de importação de alguns produtos.
A principal preocupação manifestada pelos sindicatos no feriado do dia Primeiro de Maio deste ano foi o descontrole dos preços.
Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo organismo oficial, o principal responsável pelo aumento da inflação em abril foi o reajuste de 2,99% dos preços dos remédios, fazendo com que estes produtos tivessem um impacto de 0,10 ponto percentual na taxa mensal.
O Governo autorizou em abril aumentos nos remédios que variavam entre 2,70% e 6,31%.
Outro reajuste que impactou a inflação no mês passado foi o dos salários dos empregados domésticos, de 1,25%, responsável por 0,05 ponto percentual da taxa mensal. EFE