Investing.com – A inflação oficial brasileira medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,83% em fevereiro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As expectativas consensuais indicavam alta de 0,78% e, em janeiro, o índice havia subido 0,42%. O indicador acumula alta de 1,25% neste ano e, em doze meses, passou de 4,51% para de 4,50%.
De acordo com o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram elevação no mês passado, com maior impacto e variação de educação, que subiu 4,98%. Enquanto isso, alimentação e bebidas registraram alta de 0,95% e transportes um acréscimo de 0,72%. Comunicação apresentou impulso de 1,56%, mas tem impacto menor.
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“O número elevado de fevereiro já era esperado e se deveu, principalmente, aos reajustes de mensalidades escolares e o aumento do ICMS sobre a gasolina no início do mês”, explica João Savignon, head de pesquisa Macroeconomica da Kínitro Capital.
Inácio Alves, analista da Melver, completa que, no componente de mensalidades, as principais contribuições vieram do ensino médio (8,51%), ensino fundamental (8,24%) e pré-escola (8,05%).
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, afirma que apesar de o número cheio ter sido acima do previsto, a abertura seria positiva para o Brasil, “ainda que não seja nenhum game change para a condução da política monetária”.
Não haveria qualquer impacto do grupo que mais afetou a inflação no mês passado na condução da política monetária para esse ano, concorda Raphael Moses, professor do COPPEAD/UFRJ. “Os reajustes anuais desse grupo já são de certa forma esperados pelo mercado no mês de fevereiro. Prova disso é que os juros futuros amanheceram em queda após a divulgação do IPCA”.
O professor considera uma boa notícia os dados dos serviços subjacentes, que tiveram uma desaceleração e costumam ser olhados de perto pelo Banco Central para a tomada de decisão em relação a cortes ou elevação da taxa básica de juros.
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