Por Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) - O conselho do sindicato dos atores de Hollywood pediu aos membros nesta quinta-feira que dêem aos negociadores o poder de convocar uma greve, uma medida que adicionaria nova pressão aos grandes estúdios, que já enfrentam uma greve de roteiristas.
O sindicato dos atores SAG-AFTRA estabeleceu o prazo de 5 de junho para seus 160 mil membros votarem uma autorização de greve. Se aprovada, a medida permitiria aos líderes sindicais convocar uma paralisação do trabalho se não conseguirem fechar um novo contrato com os principais estúdios de Hollywood.
A greve dos roteiristas interrompeu a produção de programas noturnos e algumas séries de TV, mas algumas filmagens continuam. Uma greve de atores levaria a uma paralisação mais ampla em todo o setor.
Cerca de 11.500 membros do sindicato Writers Guild of America entraram em greve em 2 de maio, depois que o sindicato não conseguiu chegar a um acordo com a Walt Disney (NYSE:DIS), a Netflix (NASDAQ:NFLX) e outras empresas de mídia por salários mais altos e salvaguardas em torno do uso de inteligência artificial na era do streaming de TV.
O grupo empresarial Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP) disse que ofereceu aumentos "generosos" na remuneração.
Para os atores de Hollywood, o pagamento e a IA também estão na lista de preocupações.
"Ganhar a vida como artista profissional tornou-se cada vez mais difícil, com a inflação e o ecossistema de streaming reduzindo a compensação", disse o SAG-AFTRA em comunicado em seu site.
As negociações entre SAG-AFTRA e os estúdios estão marcadas para começar em 7 de junho. O atual contrato de trabalho dos atores termina em 30 de junho.
(Reportagem de Lisa Richwine)