Por Scott Kanowsky
Investing.com -- O Banco Central Europeu deve tomar medidas "ordenadas, mas determinadas" para trazer a inflação de volta à sua meta de longo prazo, de acordo com o presidente do Banco da França, François Villeroy de Galhau.
Falando à rádio empresarial francesa, Villeroy acrescentou que o crescimento dos preços ao consumidor deve permanecer alto ao longo de 2023 antes de retornar à taxa desejada pelo BCE de 2% em 2024.
Os comentários vêm depois que o BCE elevou os custos de empréstimos em 75 pontos-base - seu maior movimento já registrado nas taxas de juros - e destacou o potencial de novos aumentos.
O movimento estava no topo das expectativas antes da reunião do Conselho do BCE, apesar das preocupações de que o movimento possa adicionar ventos contrários à economia da zona do euro. Muitos analistas - incluindo o próprio economista-chefe do banco, Philip Lane - alertaram que uma recessão no bloco está se tornando cada vez mais provável devido à crise de energia desencadeada pela guerra na Ucrânia e, em menor grau, aos efeitos indiretos da pandemia. estímulo da época.
Os colegas de Villeroy ecoaram seu sentimento na sexta-feira, com o presidente do banco central da Eslováquia, Peter Kazimir, chamando o aumento sem precedentes da taxa de "inevitável e certo", acrescentando que uma política monetária ainda mais rígida será necessária para combater a inflação.
O membro do Conselho de Governadores, Klaas Knot, assumiu uma postura igualmente agressiva, dizendo que "mais passos devem seguir" a alta de quinta-feira. Knot também sinalizou que o aumento dos preços pode "destruir" o consumo e o investimento se não forem encurralados.