NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE desfizeram ganhos anteriores e recuaram nesta quinta-feira, conforme operadores ainda digeriam notícias sobre a redução dos estoques no Brasil, o maior produtor da commodity, e a possibilidade de chuvas atrapalharem a colheita. O café também caiu, com o robusta atingindo o menor nível em dois meses.
AÇÚCAR
* O contrato março do açúcar bruto fechou em queda de 0,14 centavo, ou 0,6%, para 22,20 centavos de dólar por libra-peso, depois de fechar em alta de 2,8% na quarta-feira.
* Operadores disseram que, embora as chuvas no Brasil melhorem as perspectivas para a safra do próximo ano, elas chegaram tarde demais para ajudar a safra deste ano e podem, se houver, atrapalhar a safra atual.
* A S&P Global Commodity Insights estima que as usinas brasileiras perderam 1,4 dia de colheita devido ao retorno das chuvas. Mas sua pesquisa ainda projeta um aumento na moagem de cana para a primeira quinzena de outubro, em comparação com o ano passado.
* Operadores também observaram que, no mês passado, os incêndios florestais prejudicaram mais a cana recém-plantada do que a cana da safra atual e que a seca neste ano ainda pode atrasar o início da safra do próximo ano.
* O contrato dezembro do açúcar branco caiu 0,3%, para 569,60 dólares a tonelada.
CACAU
* O contrato março do cacau negociado em Londres caiu 149 libras, ou 3%, para 4.744 libras por tonelada, tendo perdido 0,9% na quarta-feira.
* O contrato dezembro do cacau em Nova York caiu 3,5%, para 6.756 dólares a tonelada, depois de atingir seu nível mais baixo em quase oito meses, de 6.717 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O contrato janeiro do café robusta caiu 106 dólares, ou 2,4%, para 4.337 dólares por tonelada, depois de atingir seu nível mais baixo em mais de dois meses, de 4.332 dólares.
* O contrato dezembro do café arábica caiu 1,6%, para 2,4840 dólares por libra-peso, ampliando a perda de 1% da sessão anterior.
* Mais chuvas são esperadas nas principais áreas cafeeiras do Brasil nos próximos dias, melhorando a umidade do solo durante a floração das lavouras.