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EXCLUSIVO-Pressão do Partido Comunista chinês por influência em empresas estrangeiras preocupa executivos

Publicado 24.08.2017, 10:11
© Reuters. Visão geral de membros do Partido Comunista da China, em Pequim

Por Michael Martina

PEQUIM (Reuters) - No final do mês passado, executivos de mais de uma dúzia de grandes empresas europeias na China se reuniram em Pequim para debater temores a respeito do papel crescente do Partido Comunista nas operações locais de companhias estrangeiras, de acordo com três pessoas a par das discussões.

Os esforços do presidente chinês, Xi Jinping, para fortalecer o papel do partido em toda a sociedade chinesa chegaram às operações de empresas do exterior, e executivos de algumas delas não estão satisfeitos com as exigências que enfrentam em decorrência disso.

A presença de quadros do partido é um fato consumado nos negócios feitos na China, onde organizações partidárias estão em quase 70 por cento das cerca de 1,86 milhão de firmas particulares, como noticiou o jornal oficial China Daily no mês passado.

Empresas que atuam na China, incluindo as estrangeiras, são obrigadas por lei a estabelecerem uma organização partidária, uma regra que é vista por muitos executivos há tempos como algo mais simbólico do que digno de preocupação.

Um executivo de alto escalão cuja companhia foi representada na reunião disse à Reuters que algumas empresas estão sob "pressão política" para revisarem os termos de suas joint ventures com parceiros estatais para que o partido tenha a palavra final em operações de negócios e decisões de investimento.

Segundo ele, o parceiro da empresa na joint venture está pressionando para modificar seu acordo de forma a incluir uma linguagem determinando que quadros do partido sejam "trazidos para a organização da administração do negócio", que os "gastos indiretos da organização partidária sejam incluídos no orçamento da empresa" e que os postos de presidente do conselho e de secretário do partido sejam ocupados pela mesma pessoa.

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Mudar os termos dos acordos de joint ventures é a principal preocupação, segundo o executivo, sublinhando que até agora sua firma vem resistindo à pressão.

"Uma vez que seja parte da governança, eles têm direitos diretos", afirmou.

O Escritório do Conselho Estatal de Informação, que também faz as vezes de escritório do porta-voz do partido, disse à Reuters em um comunicado enviado por fax que não há interferência de organizações partidárias na operação normal de joint ventures ou de empresas com investimento estrangeiro.

Mas, acrescentou, "organizações partidárias empresariais normalmente realizam atividades que giram em torno da administração das operações, podem ajudar as empresas a entenderem prontamente princípios e políticas nacionais de orientação relevantes, coordenar todos os interesses das partes, resolver disputas internas, introduzir e desenvolver talentos, guiar a cultura corporativa e criar relações de trabalho harmoniosas".

"Elas são amplamente acolhidas dentro das empresas", disse o Escritório do Conselho Estatal de Informação.

Dos 13 executivos que a Reuters entrevistou para esta reportagem, todos de companhias estrangeiras, oito expressaram temor com as demandas crescentes do partido ou notaram um aumento da atividade dos grupos partidários. Todos falaram sob condição de que eles e suas empresas não fossem identificadas, devido à sensibilidade de discutir questões envolvendo o partido.

Apenas duas de 20 grandes multinacionais questionadas pela Reuters --Samsung Electronics (KS:005930) e Nokia (HE:NOKA)-- confirmaram ter unidades partidárias em suas operações na China. A maioria não respondeu. Apenas a gigante alemã Bayer AG (DE:BAYGN) reconheceu ter participado de um encontro organizado pela Câmara de Comércio da União Europeia na China, mas se recusou a comentar sobre o que foi discutido.

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(Reportagem adicional de John Ruwitch, Adam Jourdan, David Stanway e Brenda Goh, em Xangai; Jiang Sijia, em Hong Kong; e Matthew Miller e Chen Aizhu, em Pequim)

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