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Japão e EUA instados a se unirem contra o aço chinês por candidato a primeiro-ministro

EdiçãoAhmed Abdulazez Abdulkadir
Publicado 14.09.2024, 14:50


Em uma declaração recente, Shinjiro Koizumi, um dos principais candidatos a primeiro-ministro do Japão, enfatizou a importância da colaboração entre Japão e Estados Unidos para enfrentar as pressões competitivas da indústria siderúrgica chinesa. Koizumi, ex-ministro do Meio Ambiente do Japão, destacou os desafios impostos pela China, maior produtora de aço do mundo, que produz aço barato, potencialmente impactando países democráticos que aderem a práticas de mercado justas.


A discussão ocorre enquanto um painel de segurança nacional dos EUA analisa uma significativa oferta de US$ 14,9 bilhões da Nippon Steel (TYO:5401) para adquirir a U.S. Steel (NYSE:X), com uma recomendação à Casa Branca prevista para 23 de setembro. Koizumi expressou a opinião de que Japão e EUA não deveriam se confrontar sobre a indústria siderúrgica, mas sim trabalhar juntos para enfrentar o desafio comum apresentado pela China.


Takahiro Mori, vice-presidente da Nippon Steel e principal negociador do acordo, havia expressado preocupações em agosto sobre o influxo de importações baratas de aço chinês e instou o governo japonês a considerar medidas para proteger o mercado local.


A proposta de fusão entre Nippon Steel e U.S. Steel tem sido objeto de atenção política, com uma carta conjunta endereçada ao presidente dos EUA, Joe Biden. A fusão enfrentou oposição de figuras políticas, incluindo Biden, a candidata presidencial democrata Kamala Harris e o candidato presidencial republicano Donald Trump.


Koizumi abordou a sensibilidade política do acordo, citando os períodos eleitorais em curso tanto nos EUA quanto no Japão, e advertiu contra reações exageradas a cada ideia emergente no contexto da tomada de decisões diplomáticas.


Sanae Takaichi, ministra japonesa encarregada da segurança econômica e outra candidata ao cargo de primeira-ministra, defendeu o acordo durante um debate no sábado. Ela sugeriu que enquadrar a fusão como uma questão de segurança econômica através do Committee on Foreign Investment in the United States (CFIUS) pode não ser apropriado, considerando a aliança entre Japão e EUA e a importância da indústria siderúrgica no fortalecimento da resiliência.


Koizumi, filho de 43 anos do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi, é visto como favorito na eleição de liderança do Partido Liberal Democrático (LDP) marcada para 27 de setembro. Espera-se que o vencedor se torne o próximo primeiro-ministro devido à maioria do partido no parlamento.


Além disso, Koizumi expressou sua intenção de iniciar um diálogo com a Coreia do Norte para abordar a questão dos cidadãos japoneses sequestrados por agentes norte-coreanos nas décadas de 1970 e 1980. Ele propôs explorar novas oportunidades de diálogo com a liderança norte-coreana sem estar vinculado a abordagens convencionais ou precondições.



A Reuters contribuiu para este artigo.


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