Robert O'Brien, um dos principais conselheiros de segurança nacional do ex-presidente Donald Trump, pediu a Taiwan que aumente significativamente seus gastos com defesa em resposta à ameaça potencial de agressão chinesa. Falando em uma mesa redonda da Bloomberg na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, O'Brien sugeriu que Taiwan deveria considerar alocar pelo menos 5% de seu produto interno bruto (PIB) para seu orçamento militar para manter um equilíbrio contra as crescentes capacidades militares da China.
Os comentários de O'Brien vieram depois que Trump, em uma entrevista de 25 de junho à Bloomberg Businessweek, afirmou que Taiwan deveria contribuir financeiramente com os Estados Unidos para sua defesa. Esclarecendo os comentários de Trump, O'Brien indicou que o ex-presidente estava defendendo que Taiwan investisse mais em sua própria defesa, enfatizando a necessidade de "compartilhamento de encargos" diante dos desafios da República Popular da China (RPC) e do Partido Comunista Chinês (PCC).
O Departamento de Estado, representado pelo porta-voz Matthew Miller, destacou que Taiwan historicamente comprou equipamentos militares dos EUA em vez de receber ajuda. Miller ressaltou que tais transações não eram caridade, mas parte de uma cooperação de segurança de longa data.
O orçamento de defesa de Taiwan aumentou de 2% do PIB em 2017 para 2,5% em 2023, com um orçamento para 2024 anunciado em aproximadamente US$ 19,1 bilhões. No entanto, esse gasto é modesto em comparação com o orçamento de defesa da China, que atingiu cerca de US$ 230 bilhões no ano anterior, marcando um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior.
Os EUA demonstraram interesse contínuo em apoiar as capacidades de defesa de Taiwan, uma estratégia muitas vezes chamada de "Fortaleza Taiwan", para contrabalançar as forças militares chinesas na região. Apesar do aumento do orçamento de defesa, Taiwan expressou preocupação com atrasos na entrega de armamento dos EUA, incluindo mísseis antiaéreos Stinger.
Em contraste com os comentários de Trump, Raja Krishnamoorthi, membro democrata do comitê bipartidário da Câmara dos Deputados dos EUA sobre a China, descreveu qualquer falha em apoiar a defesa de Taiwan como potencialmente ilegal sob a Lei de Relações com Taiwan e uma traição aos valores americanos e às instituições democráticas.
A campanha de Biden não fez comentários sobre este assunto. A embaixada de fato de Taiwan em Washington reiterou que a manutenção da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan se alinha com os interesses dos EUA e internacionais, e Taiwan está aprimorando ativamente suas capacidades de dissuasão com o apoio dos Estados Unidos.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.