Taxas dos DIs fecham quase estáveis com mercado posicionado antes de Copom e tarifas

Publicado 28.07.2025, 16:57
Atualizado 28.07.2025, 17:00
© Jessica Bahia Melo

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a segunda-feira muito próximas da estabilidade, apesar dos avanços firmes do dólar ante o real e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, com os agentes no Brasil mantendo posições antes da reunião do Copom e da entrada em vigor da tarifa de 50% dos Estados Unidos.

No fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 14,215%, ante o ajuste de 14,232% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,575%, ante o ajuste de 13,594%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,78%, ante 13,797% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,91%, ante 13,92%.

O acordo comercial fechado por Estados Unidos e União Europeia no fim de semana, prevendo uma tarifa de 15% sobre os produtos europeus, deu força ao dólar ante as demais divisas, incluindo o real.

Além do dólar, os rendimentos dos Treasuries avançaram na esteira do acordo, com a percepção de que a economia dos EUA não será tão afetada pela guerra comercial, o que reduz o espaço para juros mais baixos. Os EUA já fecharam acordos com UE, Reino Unido, Japão, Indonésia e Vietnã.

Apesar do avanço do dólar e dos yields, as taxas dos DIs foram perdendo força ao longo da manhã no Brasil e, durante a tarde, se mantiveram próximas dos ajustes da sexta-feira.

Operador de um banco de investimentos afirmou à Reuters que a expectativa antes do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide na quarta-feira sobre a taxa básica Selic, deixou o mercado “parado”, sem grandes mudanças de posições.

Além disso, a expectativa antes do início da cobrança pelos Estados Unidos de tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, no dia 1º de agosto, ajudava a travar as mudanças de posições, pelo menos na renda fixa. A segunda-feira foi mais um dia sem novidades sobre uma possível negociação comercial entre Brasil e EUA.

Perto do fechamento, a curva brasileira precificava em 98% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% no encontro do Copom.

Na sexta-feira -- atualização mais recente -- a precificação das opções de Copom negociadas na B3 (BVMF:B3SA3) indicava 96,11% de chances de manutenção da Selic, contra 2,85% de probabilidade de nova alta de 25 pontos-base.

No boletim Focus divulgado pela manhã, a mediana das projeções dos economistas aponta para manutenção da Selic em 15% até o fim do ano. A projeção de inflação em 2025 foi de 5,10% para 5,09% e em 2026 passou de 4,45% para 4,44%. A projeção no Focus para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) seguiu em 2,23% para 2025 e foi de 1,88% para 1,89% em 2026.

No exterior, às 16h46, o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 3 pontos-base, a 4,416%.

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