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Por Andrea Shalal e Jarrett Renshaw
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que espera chegar a um acordo comercial justo com o presidente chinês, Xi Jinping, e minimizou os riscos de um confronto sobre a questão de Taiwan, mesmo quando seu principal negociador comercial acusou Pequim de se envolver em "coerção econômica".
Trump sugeriu a repórteres que a China não tem planos de invadir Taiwan, mas reconheceu que espera que o assunto entre na pauta de uma reunião planejada com Xi durante conferência econômica na Coreia do Sul na próxima semana.
As tensões comerciais entre os EUA e a China, as duas maiores economias do mundo, continuam. As disputas sobre tarifas, tecnologia e acesso ao mercado continuam sem solução dias antes da reunião. Trump falou no início de uma reunião com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, onde os dois assinaram um acordo de minerais essenciais com o objetivo de combater a China.
Os comentários de Trump sobre Taiwan refletem uma das questões mais sensíveis nas relações entre os EUA e a China. Pequim tem pressionado repetidamente Washington para alterar a linguagem utilizada ao discutir sua posição sobre a independência de Taiwan.
Trump prometeu acelerar as entregas de submarinos nucleares para a Austrália e foi questionado se as ações dos EUA nas águas do Indo-Pacífico eram um impedimento suficiente para evitar que Xi invada Taiwan.
"A China não quer fazer isso", disse Trump, antes de falar do tamanho e da força do Exército dos EUA.
Ele acrescentou: "Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso... Acho que terminaremos com um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos felizes".
Mas o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, adotou uma linha mais dura, alertando que os EUA responderão com ações não especificadas ao que ele chamou de "padrão mais amplo de coerção econômica" por parte de Pequim contra empresas que fazem investimentos estratégicos em setores essenciais dos EUA.
Autoridades da Coreia do Sul disseram na semana passada que as sanções impostas pela China às unidades da construtora naval Hanwha Ocean ligadas aos EUA ameaçavam afetar os ambiciosos planos de cooperação na construção naval entre Seul e Washington.
"As tentativas de intimidação não impedirão que os Estados Unidos reconstruam sua base de construção naval e respondam adequadamente às tentativas da China de dominar setores industriais críticos", disse Greer em um comunicado.
Perguntado por um repórter se os EUA poderiam ajustar sua posição sobre a independência de Taiwan a fim de chegar a um acordo comercial com a China, Trump disse: "Vamos falar sobre muitas coisas. Presumo que essa será uma delas, mas não vou falar sobre isso agora".