Por Senad Karaahmetovic
Os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) teceram comentários sobre os eventos mais recentes da crise bancária nos EUA. Eles acreditam que ainda é cedo demais para ter uma visão confiável das implicações da atual turbulência no setor para a economia do país.
Os estrategistas do banco sinalizaram que houve um aperto maior nas condições de crédito, em meio a riscos maiores à estabilidade financeira, o que poderia afetar a atividade empresarial.
“A redução da disponibilidade de crédito representa um obstáculo para a economia, o que ajudará o Federal Reserve a manter o crescimento abaixo do potencial, apesar do suporte oferecido pelo aumento da renda real e pelo crescimento global, mas não deve levar a economia a uma recessão, forçando o banco central americano a reduzir os juros agressivamente. Os riscos estão claramente inclinados para efeitos negativos mais amplos”, escreveram em uma nota aos clientes.
O banco de investimento aumentou recentemente as chances de que os EUA entrem em uma recessão para 35%, contra 20% anteriormente. O mercado atualmente atribui uma probabilidade de 60%.
“Nosso cenário-base de crescimento em 2023 é de 1,1% na comparação 4T/4T, bem acima do 0,4% do comitê, portanto, não é de surpreender que nossa previsão de linha de base de 5¼-5½% para o pico da taxa de juros, após um aumento de 25 pb em maio e junho, também esteja acima do previsto pelo comitê de 5-5¼%. Por conta dos riscos de queda, nossa previsão ponderada por probabilidade para o 2T2024 é 4% inferior. No entanto, mesmo essa estimativa está acima da precificação de mercado de 3,5%”, observaram ainda os analistas.
A crise do setor bancário também levou Goldman Sachs a reduzir os números de crescimento da zona do euro. Por outro lado, a projeção de crescimento da China foi elevada para 6% ano a ano.