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Diretor do BC diz ser "prematuro" falar em alta de juros e vê meta de inflação como desafio

Publicado 07.06.2024, 11:14
Atualizado 07.06.2024, 11:15
© Reuters. Sede do Banco Central em Brasílian15/01/2014. nREUTERS/Ueslei Marcelino
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SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, afirmou nesta sexta-feira que o desafio de levar a inflação para a meta é "enorme" e ainda é prematuro falar na volta da alta de juros pela autarquia.

"Acho prematuro, por enquanto, falar nisso", afirmou Picchetti, após ser questionado sobre a possibilidade de o BC voltar a subir a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano.

"Por enquanto, é prematuro. Agora, dado o compromisso, continua havendo uma extrema dependência de dados para tomarmos as decisões", acrescentou, em referência ao compromisso do BC em conduzir a inflação para o centro da meta, de 3%.

Os comentários de Picchetti surgem em um momento de piora do cenário e de alta das expectativas de inflação. A curva de juros brasileira vem precificando de forma majoritária a manutenção da Selic em 10,50% ao ano este mês. Nesta manhã, ela também precificava aumento da Selic já a partir de setembro, na esteira da disparada dos rendimentos dos Treasuries após a divulgação de dados fortes do mercado de trabalho dos EUA.

No relatório Focus, a projeção de inflação para 2025 subiu de 3,75% para 3,77% nesta semana, acima dos 3% da meta, no quinto aumento consecutivo.

"O desafio de colocar a inflação na meta é enorme, mas vai ter que ser perseguido, junto com o fiscal", comentou Picchetti, reforçando que o mandato do BC é para fazer com que haja estabilidade de preços. "Vamos fazer o necessário para estabilizar os preços e acreditar que o crescimento é decorrência disso."

Picchetti disse ainda que o compromisso com o centro da meta, de 3%, busca evitar que haja uma "mexicanização" da política monetária no Brasil -- ou seja, que a instituição não persiga necessariamente o objetivo central. "Existe a meta e a gente vai perseguir a meta", reforçou.

Ao abordar os impactos da área fiscal sobre a política monetária, Picchetti citou iniciativas, como a possibilidade de desvinculação do reajuste da Previdência do salário mínimo, como positivas, mas lembrou que mudanças assim são "enormes desafios políticos".

© Reuters. Sede do Banco Central em Brasília
15/01/2014. 
REUTERS/Ueslei Marcelino

"Sobre o lado fiscal, nos cabe acompanhar, como condicionante", afirmou. "As boas notícias pelo lado de revisões de gastos -- e não apenas de receitas -- dependem de desafios políticos dentro do Congresso", acrescentou.

Picchetti fez nesta sexta-feira palestra em evento promovido pela FGV/EESP em São Paulo, respondendo também a perguntas da plateia.

 

(Reportagem de Fabricio de Castro)

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