BRASÍLIA (Reuters) - Todos os membros da diretoria do Banco Central defenderam a adoção de uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações futuras sobre os próximos movimentos nos juros, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia.
No documento divulgado nesta terça-feira, o Copom reiterou que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.
Na última quarta-feira, o Copom anunciou uma redução no ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.
A decisão sobre o corte foi tomada com divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ata ainda apontou que, para o BC, a tragédia no Rio Grande do Sul, além dos seus impactos humanitários, também terá desdobramentos econômicos e o Comitê seguirá acompanhando.
(Por Bernardo Caram)