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ENTREVISTA-PEC dos Precatórios institucionaliza pedalada fiscal e pode afugentar investidor, diz Maílson

Publicado 12.08.2021, 10:12
Atualizado 12.08.2021, 10:16
© Reuters. Painel eletrônico na B3, São Paulo
 25/7/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) encaminhada ao Congresso pelo governo para alterar as regras de pagamento dos precatórios fragiliza o arcabouço fiscal do país e corre ainda o risco de alimentar desconfianças entre investidores sobre a disposição do país de honrar seus compromissos, afirma o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega.

Para o economista, sócio da consultoria Tendências, as regras de parcelamento dos precatórios, com a previsão de que parte dos pagamentos seja feita fora da regra do teto de gastos e sem passar pelo Orçamento, institucionaliza a chamada "pedalada fiscal" --prorrogação artificial de despesas obrigatórias.

"É surreal. Isso é, na linguagem dos anos recentes, pedalada, é esconder uma despesa do conhecimento público", diz Maílson.

"É bom lembrar que (a ex-presidente) Dilma Rousseff perdeu o mandato por uma pedalada fiscal. Agora o governo Bolsonaro propõe a pedalada fiscal formal, vai constar na Constituição."

Ele ressalta também que a equipe econômica comete um equívoco grave ao tratar os precatórios como um compromisso de "segunda categoria", propondo unilateralmente a prorrogação dos pagamentos dessas obrigações, que são requisições de pagamentos expedidas pela Justiça após o governo ser derrotado em processos judiciais.

LEIA MAIS - Precatórios: Tiro no Pé da Equipe Econômica

"Na verdade ela tem uma categoria exatamente igual à da dívida pública, é um crédito líquido e certo, reconhecido por sentença judicial", diz Maílson.

"Dirá o investidor estrangeiro, por exemplo, 'se eles dizem que não pagam o valor integral dos precatórios, será que daqui a pouco eles vão fazer isso com a NTN de 30 anos? Porque o ministro é o mesmo'", acrescenta, em referência ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Encaminhada nesta semana ao Congresso, a PEC propõe dividir em dez parcelas o pagamento dos precatórios de mais de 66 milhões de reais. O texto também impõe uma limitação provisória dos pagamentos anuais de precatórios a 2,6% da receita corrente líquida, o que também sujeitará precatórios entre 66 mil reais e 66 milhões de reais a eventual parcelamento.

A PEC cria, ainda, um fundo alimentado por receitas de dividendos, concessões e outros ativos, que seriam direcionadas ao pagamento de dívida pública e à "antecipação" de parcelas dos precatórios parcelados. Esses recursos não seriam contabilizados no Orçamento nem entrariam na regra do teto de gastos, que limita o crescimento global das despesas à variação da inflação.

Com as medidas, o governo ganha espaço fiscal para realizar outras despesas, incluindo o reajuste no programa Bolsa Família --rebatizado de Auxílio Brasil-- já anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Maílson afirma que, se no ano passado o mercado reagiu bem à exclusão do teto de gastos de despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia, isso pode ser diferente desta vez. "Agora o calote está sendo dado para viabilizar a eleição do Bolsonaro", diz.

O ex-ministro também critica a "ausência total de transparência" em se ter receitas e gastos públicos transitando por fora do Orçamento, e portanto à margem do escrutínio da sociedade e do Congresso, destacando que isso viola o princípio da legitimidade do Orçamento.

"Tenho esperança que o Congresso rejeite essa PEC. Se não, é muito provável que caia no Judiciário", resume Maílson, lembrando que o Supremo Tribunal Federal já derrubou outras iniciativas de alteração nas regras dos pagamentos dos precatórios.

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RUPTURA

Por trás do imbróglio dos precatórios, cujo crescimento, ainda que previsível, de fato contribui para comprimir o espaço para outras despesas relevantes, está a dificuldade de o governo equacionar seu Orçamento sob as regras do teto de gastos, diz Maílson.

Ele destaca que a regra, introduzida em 2017 para valer por um período de 20 anos, tornou o Orçamento do país, que já era rígido, ainda mais inflexível.

Com o crescimento constante das despesas públicas obrigatórias, como com benefícios previdenciários, a margem para outros gastos, incluindo investimentos, fica menor a cada ano.

"Falta propor um debate sério sobre essa situação porque nós estamos caminhando para um impasse que vai redundar na ruptura do teto, com todas as consequências que isso acarreta, e pode ser uma ruptura de forma caótica e muito grave para o país", diz o economista.

Últimos comentários

gostei criticou .. e não sequer expôs a proposição de uma solução dos ex ministros e dos especialistas ... qual a saída ??
Agora tem um demente dizendo que Paulo Guedes é infiltrado da família Marinho e de George Soros no governo Bolsonaro. kkkkkkkkkk PQP kkkkkkkkk
Tem harry poter dizendo que defende sua sobrevivência defendendo Bolsonaro.  Deve ser mais um que ganha dinheiro espalhando fakenews. Sobrevivência se garante trabalhando honestamente, não defendendo LIXO NA PRESIDÊNCIA.
Cara tem um bossal que tenta proteger o Bolsonaro por causa da anestesia geral da cirurgia. kkkkk Um burro sendo montado por outro burro. kkkkkk Bolsonaro é o LIXO, o pior presidente da história do Brasil. kkkkk Esse cercadinho .......
Este resto de ano e o ano que vem até as eleições vai continuar daí Pra pior !! Vcs acha que o Bolsonada vai fazer alguma coisa pra melhor ? ao vai não ele já sabe que não vai se reeleger então tentou fazer igual o idiota dos Estados Unidos querendo voto impresso por que já sabia que perderia kkkk agora Bolsonada copio voto impresso mais perdeu graças a deus então minha gente agora é lula né kkkk
somente um louco e desinformado vota no PT.
Tem um burro aí que escreveu: O Judiciário está errado ao "condenar" o governo a pagar suas dívidas. Que nem na Venezuela. kkkkk Agora o Judiciário virou juiz comprado a favor da União. Falta de noção básica da função do Judiciário. kkkkk como ensinar essa gente do cercadinho bolsonarista? afffff
#VoltaTemer #VoltaHenriqueMeireles
Investing esta parecendo um puxadinho da esquerda... adora espalhar pânico... esta faltando gente seria aí.
ata milson da nobrega tem credito aonde?????? me adimira o investing dar credito a este senhor
Paulo Jegues amigo dos Banqueiros não é atoa que ele é banqueiro do BTG pactual
Ele pensa que ainda esta na mesa de operações do BTG... Só esqueceu que as mentiras que planta na imprensa antes de fazer os trades estão destruindo com a economia do país... Mas tudo bem, né? Ele volta para Chicago em 22 e segue a vida....
De novo, os incompetentes querendo dar lições. E o Investing dando voz a esses oportunistas.
Incompetente o Maison pode ter sido, mas esse governo caminha para supera lo com maestria !!!
Eu acho impressionante que um cara como Mailson da No brega que não fez absolutamente nada quando esteve lá venha fazer criticas...por que não te calas?
Pode ate nao ter moral o sr Mailson, mas roubar os credores coisa de miliciano !!!!
De fato ele foi um bosta de ministro mas que ele não esta errado em afirmar que o governo pode cair numa pegadinha e ser criminalizado la na frente justamente pq não temos segurança jurídica.
querem a volta do luladrao socialismo pra os ricos. os joesleys agradecem
então vendam, bobões, que a reuters tá comprando
"É bom lembrar que (a ex-presidente) Dilma Rousseff perdeu o mandato por uma pedalada fiscal. Agora o governo Bolsonaro propõe a pedalada fiscal formal, vai constar na Constituição." Bolsonaristas pilantras ou burros do cercadinho.
Quem é a favor do parcelamento/calote, que tal receber seu salário parcelado?
Na verdade o sistema jurídico opera politicamente e acelerou processos dando perdas exponenciais ao governo em escala nunca antes vista. Isso já obrigaria o governo a gastar independente dos outros auxílios. Ficou uma situação difícil, mas aumentar a gastanca mais ainda não foi uma boa saída. Espero que cheguem em um acordo. Um absurdo o país pagar 10% nos juros longos.
Não basta julgar por 30 anos se o governo deve ou não para a pessoa.  A proposta do liberal Guedes: dar o calote nas viúvas e nos órfãos, para ter dinheiro para reeleger o sacripanta. E tem quem defenda esses ladrões.
 não dá pra discutir o conceito de "roubo" com quem paga R$ 7,00 o litro da gasolina e acha "normal". Imagine discutir rachadinha, superfaturamento de vacina enquanto milhares de brasileiros estavam morrendo de covid, "orçamento paralelo" para congressistas "aliados", mansões milionárias compradas por toda a família de uma gente que foi política a vida inteira...mas então ninguém roubou....tudo fruto do árduo trabalho de mamar nas tetas públicas kkk
 e olha que nem comecei a falar de crimes piores que o roubo, como talvez fazer parte da milícia que controla o crime organizado em todo o Rio de Janeiro e que agora coincidentemente começa a expandir seus "negócios" para outros estados...
é falar com paredes. Fanatismo hediondo. Uma grande parcela da sociedade brasileira perdeu a noção de cidadania.
66 Milhões quer parcelar o fundo eleitoral são 5.7 bilhões ele ainda não vetou to entendendo mais nada kkk
Justo! Veta o fundao pela metade e paga as viuvas dos precatorios ! Problema é esse congresso que se assim fosse votaria o impechment rapidamente. Situacao dificil demais
Inflação nas alturas, desemprego idem, consumo e produção estagnados, crise política diária, falta de plano de desenvolvimento e calote dos precatórios proposto pelo próprio ministro da economia, afastando qualquer investidor institucional que ainda acreditava em segurança jurídica dos contratos. Soma tudo isso, mais ano eleitoral se aproximando e o resultado é esse no Ibov. Majoritariamente só fundos internacionais abutres atuando desde a perda do grau de investimento. Então pode esquecer o buy and hold, pq aqui não se aplica. Prova disso é o Ibov dolarizado e o EWZ em valores de 2008, ou seja, de treze anos atrás. Quem entrou depois de 2011, em sua maioria, só perdeu. B3 hj só para especular, no máximo operação ST.
Os abobados torcendo para o país quebrar de vez. Compram nas casas Bahia em 18 vezes e o governo não pode parcelar um precatório. Está certíssimo. Esse Mailson eh um esquerdista que só dá (como sempre) bola fora. A maior pandemia que o país e o mundo já passou e esse mané vem dizer que o governo deve pagar tudo de uma vez só. Só os mal intencionados que pensam assim. Deveria ser preso esse sujeito.
puts! nao acredito que to falando com um bruxo...e' a bebedeira de ontem.''O BRASIL ME OBRIGA A BEBER''
Muito pelo contrario.Precatorios pagos tambem giram a economia e por motivo justo,gerando credibilidade.Vc pode imaginar o que 'e ganhar do governo na justica? ''farinha pouca meu pirao primeiro'' em ambiente de pandemia.haja vista o fundo eleitoral,auxilio brasil calote eleitoral e cositas mas!
Fico pensando se fosse o PT que tivesse ganhado a eleicao e tivesse proposto um calote desse
🎶🎵 Um conto de FARDAS... E um Pai Zueiro 🎵🎶
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