(Reuters) - Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fizeram nos sete dias até 6 de setembro a maior compra líquida de contratos de reais em seis meses, turbinando a aposta favorável à moeda brasileira ao maior valor desde junho, de acordo com cálculos da Reuters a partir de dados de uma agência norte-americana divulgados nesta sexta-feira.
Esse grupo de investidores --conhecido por posições direcionais e mais agressivas-- comprou, em termos líquidos, 22.001 contratos de reais, maior número desde os 26.003 derivativos tomados na semana finda em 1º de março.
Com isso, o estoque da posição --que está comprada em real, ou seja, vendo apreciação da divisa brasileira-- foi a 30.860 contratos, o maior desde a semana encerrada em 28 de junho (37.028 contratos).
Os derivativos são registrados na divisão do CME Group conhecida como IMM (International Monetary Market). Os números foram compilados pela CFTC e pela Reuters. O IMM cuida de operações com futuros de moedas, taxas de juros e índice de ações, por exemplo.
No início de março, as posições a favor do real bateram recorde ao somarem 50.496 contratos. Naquele mês, a taxa de câmbio chegou a ficar abaixo de 4,75 por dólar.
O real voltou a se destacar perante os pares mexicano e rand sul-africano, que viram poucas variações nas posições a eles atribuídas.
(Por José de Castro)