Por Matt Spetalnick
WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden está preparando novas medidas regulatórias para permitir maior apoio financeiro dos Estados Unidos a pequenas empresas privadas de Cuba, disse nesta segunda-feira uma pessoa próxima ao tema.
Esse movimento deve ocorrer já nesta semana e é visto como uma promessa que será cumprida — porém de baixa amplitude — para diminuir as sanções e ajudar os empresários locais a prosperarem em meio aos problemas econômicos da ilha comunista.
O anúncio tem o objetivo de facilitar que norte-americanos ajudem diretamente pequenos empresários cubanos, estabelecendo regras para que empréstimos sejam feitos a eles por meio do sistema financeiro norte-americano, afirmou a fonte.
As medidas podem entrar em vigor enquanto o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, estiver visitando Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa na terça-feira.
Não há sinais, contudo, de que essa medida seja parte de uma retirada mais ampla das sanções norte-americanas sobre Cuba.
“Cremos que o setor privado em Cuba é nossa maior esperança de gerar desenvolvimento econômico e emprego para melhorar o padrão de vida do povo cubano e reduzir os atuais altos níveis de migração”, afirmou uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA.
Em Nova York, Díaz-Canel deve pressionar para que os EUA retirem Cuba da lista de países financiadores do terrorismo. O governo Biden está revendo tal designação, imposta pelo presidente Donald Trump no fim do seu mandato.
Empresas privadas voltaram a operar em Cuba há dois anos, após serem proibidas por décadas. Mas o financiamento internacional tem sido grandemente impedido pelas sanções econômicas impostas por Washington ainda na Guerra Fria.
(Reportagem de Matt Spetalnick em Washington; reportagem adicional de Dave Sherwood em Havana)