😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

G20 vê chance crescente de um pouso suave para a economia global, mostra esboço de comunicado

Publicado 23.07.2024, 11:08
© Reuters. Logotipo do G20 é exibido em reunião do grupo no Rio de Janeiron22/02/2024nREUTERS/Ricardo Moraes

Por David Lawder

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os líderes financeiros do G20 devem saudar a crescente probabilidade de uma "pouso suave" da economia global, ao mesmo tempo em que alertam sobre os riscos impostos por "guerras e conflitos crescentes" não especificados, de acordo com um esboço do comunicado do grupo vista pela Reuters na terça-feira.

Os ministros das finanças e os chefes dos bancos centrais do G20, reunidos esta semana no Rio de Janeiro, também planejam sinalizar os riscos de uma recuperação global desigual a depender da persistência da inflação, de acordo com o documento.

"Estamos animados com a probabilidade cada vez maior de uma aterrissagem suave da economia global, embora vários desafios permaneçam", disse a minuta do comunicado, referindo-se a um cenário em que a inflação é controlada sem desencadear uma recessão dolorosa ou um salto acentuado no desemprego.

Ao evitar a menção explícita dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, os diplomatas procuram contornar as divergências entre a Rússia e as principais nações ocidentais que inviabilizaram um consenso na reunião dos chefes financeiros em fevereiro.

Negociadores brasileiros disseram na semana passada que o G20 havia concordado em deixar os debates geopolíticos de fora de uma declaração conjunta, a fim de se concentrar na cooperação econômica para lidar com questões como pobreza global, mudanças climáticas e crises de dívida em nações menos ricas.

"A atividade econômica provou ser mais resiliente do que o esperado em muitas partes do mundo, mas a recuperação foi altamente desigual entre os países, contribuindo para o risco de divergência econômica", disse a minuta do comunicado.

O documento destacou que os riscos para a perspectiva econômica permanecem amplamente equilibrados, com desinflação mais rápida do que o esperado e inovações tecnológicas citadas entre os riscos de alta.

Por outro lado, o documento apontou riscos negativos, como a escalada de conflitos, a fragmentação econômica e a inflação persistente mantendo as taxas de juros mais altas por mais tempo.

Em linha com o foco da presidência brasileira na desigualdade global, a minuta do comunicado alertou que "a mudança climática (...) pode agravar substancialmente os desafios da desigualdade" e destacou a "angústia da dívida" em "vários países de renda baixa e média".

O documento preliminar também intensificou a linguagem que pede uma reforma do Fundo Monetário Internacional, citando a "urgência e a importância do realinhamento das cotas para refletir melhor as posições relativas dos membros na economia mundial".

Um apelo para resistir ao protecionismo, embora pouco alterado em relação ao resumo da presidência do Brasil em fevereiro, foi citado separadamente em um parágrafo autônomo na minuta do comunicado.

TAXAÇÃO DE RICOS

A minuta da declaração do G20 não chegou a endossar o apelo do Brasil por um imposto global sobre bilionários, afirmando que os ministros "tomam conhecimento" dos estudos de receita encomendados pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Brasil.

No entanto, faz referência à "Declaração Ministerial do G20 do Rio de Janeiro sobre Cooperação Tributária Internacional", que reafirma o compromisso com a transparência tributária e promove "o diálogo global sobre tributação justa e progressiva, com atenção especial às pessoas físicas com patrimônio líquido ultra alto".

A minuta marca um avanço em relação à declaração dos líderes do G7 em junho, que pede a "tributação progressiva e justa de indivíduos", mas não menciona os ultra-ricos.

A declaração do G20 também conclamou os países a concluírem as negociações para a redação final do "Pilar 1" de um acordo global de impostos corporativos para realocar os direitos de tributação sobre grandes corporações multinacionais, que os ministros do G20 estão discutindo esta semana.

© Reuters. Logotipo do G20 é exibido em reunião do grupo no Rio de Janeiro
22/02/2024
REUTERS/Ricardo Moraes

Isso inclui linguagem que abrange empresas com mais de 20 bilhões de dólares em receitas anuais, bem como uma estrutura para a simplificação do cálculo de preços de transferência e responsabilidade fiscal para outras empresas multinacionais menores.

"Estamos ansiosos para assinar a Convenção Multilateral o mais rápido possível. Incentivamos a rápida implementação da Solução de Dois Pilares para todas as jurisdições interessadas", diz a declaração preliminar.

(Reportagem de David Lawder, no Rio de Janeiro; reportagem adicional de Jan Strupczewski, em Bruxelas, Gabriel Araújo, em São Paulo, Isabel Versiani e Marcela Ayres, em Brasília e Karin Strohecker, em Londres)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.