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Mercado comemora acordo da Argentina com FMI, mas sugere cautela à frente

Publicado 28.01.2022, 16:12
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Por Marc Jones e Walter Bianchi

LONDRES/BUENOS AIRES (Reuters) - O acordo inovador da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um novo pacto de 44,5 bilhões de dólares deve impulsionar os mercados domésticos nas próximas semanas, disseram investidores e analistas, embora as perspectivas de longo prazo permaneçam nebulosas.

O país sul-americano disse nesta sexta-feira ter fechado um acordo com o FMI sobre um novo programa para substituir um empréstimo fracassado de 57 bilhões de dólares de 2018, aliviando temores de um possível calote, já que o ano reserva vencimentos de grandes valores de dívidas.

Isso provavelmente aumentará os preços dos títulos, que caíram à faixa de 20 a 30 centavos de dólar no ano passado à medida que as negociações se arrastavam, atoladas por divergências sobre a velocidade da consolidação fiscal.

"Isso dá a eles algum espaço para respirar nos próximos dois anos", disse Peter Kisler, gestor de portfólio de mercados emergentes da Trium Capital, que detém dívida argentina. Os títulos podem "facilmente subir mais 20% se houver um pouco mais de otimismo", acrescentou.

"O acordo não é tão detalhado quanto gostaríamos, então não vemos preços voando, mas havia um risco real de inadimplência (do empréstimo devido) ao FMI."

Os títulos subiram cerca de 3 centavos nesta sexta-feira, depois que o governo e o FMI anunciaram o acordo, que ainda precisa ser esclarecido e aprovado pelo Congresso e pela diretoria do FMI. No mercado paralelo, o dólar despencava 4,6%, a 209,50 pesos, abaixo da máxima recorde tocada na véspera. E o índice de referência da bolsa de Buenos Aires saltava quase 3%.

A Argentina estava enfrentando cerca de 18 bilhões de dólares em pagamentos devidos ao FMI neste ano. O país, que disse não poder pagar as contas após anos de crises econômicas agravadas pela pandemia de Covid-19, reestruturou mais de 100 bilhões de dólares em dívidas privadas em 2020.

"SEM ESFORÇO FISCAL"

O acordo "alivia as necessidades de financiamento para os próximos anos e reduz a incerteza na economia argentina", em meio a uma tentativa de recuperação desde o ano passado, disse Eugenio Mari, economista-chefe do centro de pesquisa Fundación Libertad y Progreso.

Carlos de Sousa, da Vontobel Asset Management, prevê que o acordo acertado pelo governo de esquerda será aprovado pelo Congresso, onde deverá ter aval da oposição conservadora.

"Acho que a oposição vai aprovar porque não querem ser vistos como os irresponsáveis ​​que o rejeitam", disse.

Em nota, o chefe de pesquisa econômica na América Latina do Goldman Sachs (NYSE:GS), Alberto Ramos, disse que resta saber se o plano será robusto e se resolverá os problemas econômicos da Argentina.

"No geral, o quadro macrofinanceiro mostra profundos desequilíbrios e distorções generalizadas, tornando uma estratégia gradual de ajuste de política (econômica) inerentemente arriscada", escreveu.

Um operador de bolsa argentino, que pediu para não ser identificado, disse que o mercado continua tenso, mas o anúncio ajudou a dar um pouco mais de certeza. Ele estava ansioso para ver as letras miúdas do acordo final e como ele foi conduzido na prática.

"O anúncio dá algum espaço para o mercado, mas temos de ser cautelosos e ver como o acordo é implementado", disse ele.

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