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Mercados argentinos se estabilizam em meio a protestos antigoverno nas ruas

Publicado 04.09.2019, 14:37
Atualizado 04.09.2019, 14:41
Mercados argentinos se estabilizam em meio a protestos antigoverno nas ruas

Por Adam Jourdan e Jorge Otaola

BUENOS AIRES (Reuters) - Os mercados argentinos se mantinham estáveis ​​nesta quarta-feira, mesmo quando milhares de manifestantes saíam às ruas para protestar contra o governo do presidente Maurício Macri e uma perspectiva econômica cada vez mais sombria no país sul-americano golpeado pela recessão.

O peso subia e os títulos se valorizavam depois que os controles de capital recém-impostos ajudaram a estabilizar os combalidos mercados, que caíram a mínimas recordes desde que Macri foi derrotado em eleição primária no mês passado, frustrando suas esperanças de reeleição em outubro.

Nas ruas de Buenos Aires, os manifestantes marcharam com bandeiras contra a austeridade econômica de Macri, o aumento da pobreza e o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual o país acertou uma linha de crédito de 57 bilhões de dólares no ano passado.

    "Aumento de salário já! A dívida está com o povo, não com o FMI", escreveu um dos organizadores do protesto.

O crescimento econômico argentino parou drasticamente desde o ano passado, enquanto a inflação está corroendo os salários, levando a um acentuado aumento da pobreza, mostram dados oficiais. Essa tendência foi uma das principais razões da derrota eleitoral maior que o esperado de Macri para o peronista de esquerda Alberto Fernández.

A moeda argentina, o peso, subiu levemente no início desta sessão, a 55,9 por dólar, depois de se valorizar acentuadamente na terça-feira, quando Wall Street saudou os controles de capital da Macri que visam proteger os fragilizados mercados.

O peso negociado no mercado paralelo também se fortalecia. Os títulos de renda fixa negociados no mercado de balcão da Argentina tinham alta média de 3,5% nesta quarta-feira, disseram operadores, enquanto o risco-país caía.

A tentativa de estabilização dos mercados ocorria depois de um colapso nos preços de moeda, títulos e ações, na esteira do resultado das eleições primárias. O peso desabou 26% em agosto frente ao dólar. O risco-país disparou, e os preços dos títulos bateram mínimas recordes.

Em resposta, Macri --que chegou ao poder em 2015 como defensor do livre mercado e crítico de políticas intervencionistas-- implementou planos para adiar pagamentos de cerca de 100 bilhões de dólares em dívidas e impôs controles de capital para proteger o peso.

Embora os mercados mostrem sinais de acomodação, as perspectivas econômicas para o país ficam ainda mais sombrias.

Uma pesquisa do banco central com economistas mostrou na terça-feira alta na previsão de inflação para o ano a 55%. Os resultados revelaram ainda piora na estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que deverá encolher 2,5%.

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