Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Ex-secretário de Estado do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o republicano Mike Pompeo juntou sua voz nesta segunda-feira a cobranças cada vez maiores de importantes membros do partido para que bilhões de dólares em auxílio à Ucrânia sejam aprovados, após alguns membros acusarem adversários do pacote de terem sucumbido à propaganda russa.
O pedido do presidente democrata, Joe Biden, por 95 bilhões de dólares para Ucrânia, Israel e outros aliados passou pelo Senado com 70% de apoio, mas está empacado há semanas na Câmara, com o presidente republicano da casa, Mike Johnson, se recusando a permitir uma votação.
Com parlamentares retornando a Washington de uma folga de duas semanas nesta segunda-feira, Johnson não mencionou planos de colocar o pedido suplementar de Biden em votação.
Pompeo, ex-membro da Câmara, publicou uma carta aberta nesta segunda-feira pedindo que Johnson apresentasse o projeto de lei na Câmara.
O gabinete de Johnson não comentou a carta ou afirmações recentes de presidentes republicanos de dois comitês de segurança nacional da Câmara, de que “propaganda russa” está influenciando membros do partido.
O deputado Michael McCaul, que lidera o Comitê de Assuntos Estrangeiros da Câmara, afirmou ao site Puck News na semana passada: “Infelizmente, propaganda russa entrou nos Estados Unidos e está infectando uma boa parte da base do meu partido”.
No último domingo, o deputado Mike Turner, que chefia o Comitê de Inteligência da Câmara, disse ao programa “State of the Union”, da CNN, que a alegação de McCaul é “absolutamente verdadeira”.
(Reportagem de Patricia Zengerle)