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Dólar destoa do exterior e salta a R$5,38 em meio a cautela eleitoral

Publicado 26.10.2022, 17:08
© Reuters. Notas de reais e dólares
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançou pelo terceiro pregão seguido frente ao real nesta quarta-feira, ao maior patamar em quase um mês, com investidores buscando proteger suas carteiras antes da acirrada eleição presidencial de domingo, mesmo diante de forte depreciação da moeda norte-americana no mercado internacional.

A divisa dos Estados Unidos negociada no mercado à vista ganhou 1,16%, a 5,3821 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 30 de setembro (5,3941 reais). O real teve, de longe, o pior desempenho entre uma cesta de moedas globais nesta quarta-feira.

Depois de avançar nos três primeiros pregões da semana, o dólar acumula salto de 4,52% em relação ao encerramento da última sexta. No mês, a moeda norte-americana ainda cai tímidos 0,22%.

Pesquisas Genial/Quaest e PoderData divulgadas nesta quarta-feira mostraram melhora no desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Jair Bolsonaro (PL) quanto às intenções de voto para o segundo turno das eleições, embora dentro da margem de erro, frustrando investidores que, na semana anterior, haviam reagido positivamente ao crescimento do atual presidente nas sondagens.

"É mais no sentido de, se Lula ganhar, o que vai acontecer com o país? Quem ele vai colocar no Ministério da Economia? Qual vai ser o compromisso fiscal que o governo virá a ter?", disse Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, sobre a depreciação dos ativos brasileiros.

"O atual presidente vitorioso traria a continuidade de medidas econômicas que o mercado já conhece", afirmou Izac, acrescentando que o aumento da vantagem de Lula nas pesquisas é motivo de preocupação.

A reta final da corrida eleitoral tem sido conturbada. No último domingo, o apoiador de Bolsonaro e ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) atacou policiais federais que cumpriam mandato de prisão, enquanto, na segunda-feira, o atual presidente afirmou, sem provas, que rádios do país não têm veiculado adequadamente as inserções eleitorais, supostamente favorecendo Lula.

Já o petista voltou a dizer nesta semana que não anunciará sua equipe econômica antes de ganhar o segundo turno da eleição, contrariando o desejo do mercado por maior previsibilidade em caso de vitória do Lula.

Com o foco na corrida ao Planalto, o dólar negociado no mercado doméstico destoou completamente do comportamento da moeda norte-americana no exterior, onde seu índice frente a uma cesta de pares fortes despencava mais de 1% nesta tarde.

Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), notou o recente descolamento do real em relação ao exterior, mas disse ainda acreditar que "o Brasil é a melhor escolha para muitos investidores em mercados emergentes."

"Os mercados estão nervosos sobre uma transição ordenada de poder, não importa quem vença. Assim que conseguirmos isso, o real brasileiro vai disparar", disse ele em publicação no Twitter.

Izac, da Nexgen, previu "muita volatilidade" no mercado de câmbio tanto nos próximos dois dias quando nos primeiros momentos após o resultado do segundo turno, mas também espera que, passado o período de "digestão" das eleições, o real possa voltar a se apreciar de maneira mais expressiva.

Ele diz que essa expectativa se baseia nos fundamentos econômicos do Brasil, que oferece uma taxa de juros atraente para investidores estrangeiros.

Ao mesmo tempo, a maior clareza dos mercados sobre qual será a taxa de juros dos EUA ao fim do seu ciclo de aperto, após meses de incerteza sobre até onde o Federal Reserve levaria os custos dos empréstimos, joga a favor de uma redução da instabilidade nos mercados globais, podendo favorecer o real à frente, disse Izac.

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Operadores esperam agora que o juro básico norte-americano chegue a intervalo de 4,75% a 5% no pico do atual ciclo de aperto.

De volta ao Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrará sua reunião de dois dias mais tarde nesta quarta-feira, e o consenso entre investidores é de que a autarquia manterá a taxa Selic em 13,75% ao ano.

"Mais importante do que a esperada decisão serão os comunicados da autoridade monetária, pois assim teremos mais clareza sobre a visão do BC sobre inflação e possíveis futuras reduções de juros", comentou Felipe Steiman, gerente de desenvolvimento de negócios da B&T Câmbio.

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