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Em ajuste a Fed, dólar sobe quase 1% ante real no aguardo de novidades sobre Previdência

Publicado 02.05.2019, 17:57
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BRBY
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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar iniciou maio em forte alta ante o real, que teve o pior desempenho entre as principais moedas nesta quinta-feira, em meio a ajustes à sinalização do banco central norte-americano na véspera de que não deve baixar os juros nos próximos meses.

Segundo analistas, a principal influência para o câmbio nesta sessão foi o recado menos "dovish" da parte do líder do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, de que a atual inflação mais baixa nos EUA deve se provar "temporária" e que, portanto, o Fed não vê motivo para alteração nas taxas de juros por ora.

Com isso, investidores reduziram apostas de corte de juros nos EUA, movimento que acabou fortalecendo o dólar em todo o mundo.

A ferramenta Fed Watch, do CME Group, mostrava no fim da tarde desta quinta-feira 47,7 por cento de chance de diminuição dos juros norte-americanos até o fim deste ano. Na véspera, essa probabilidade era de 61,40 por cento.

A perspectiva de que os juros nos EUA não caiam no curto prazo melhora o risco/retorno de aplicações em dólar e favorece o caso de migração de capital para os Estados Unidos em detrimento de países emergentes, como o Brasil.

Mas de acordo com Rodrigo Franchini, chefe de produtos da assessoria de investimentos Monte Bravo, o mercado de câmbio doméstico segue fragilizado pelo caminho ruidoso para a reforma da Previdência, o que, segundo ele, tem mantido o estrangeiro afastado do país. Isso ajudaria a explicar o desempenho mais fraco do real nesta sessão.

"Uma semana como esta, sem novidades nesse assunto, apenas reforça a sensação de demora nos trâmites", disse. "A aprovação da reforma deverá ocorrer lá para outubro. Até lá, o estrangeiro fica fora. Isso sem falar no risco de desidratação", completou o profissional.

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Em relatório desta quinta-feira, o Citi prevê dólar a 3,76 reais ao fim de 2019 e de 3,67 reais ao término de 2020. De acordo com o banco, sondagens informais com clientes indicam que o mercado começou a precificar maior probabilidade de uma economia na faixa entre 500 bilhões e 750 bilhões de reais, com viés de baixa. A proposta do governo é de cerca de 1,2 trilhão de reais.

No fim desta quinta-feira, o dólar negociado no mercado interbancário (BRBY) subiu 0,92 por cento, a 3,9589 reais na venda. No pico, o dólar avançou 1,28 por cento, para 3,9728 reais.

Na B3, a referência do dólar futuro se valorizava 1,12 por cento, para 3,9715 reais.

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