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Inflação do real foi 7 vezes maior que do dólar em 30 anos

Publicado 13.06.2024, 06:04
Inflação do real foi 7 vezes maior que do dólar em 30 anos
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A inflação do real foi 7 vezes maior que do dólar desde o Plano Real, que entrou em vigor em julho de 1994, há quase 30 anos. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou uma variação de 710% no período, enquanto o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) teve taxa acumulada de 112% no período.

O levantamento foi feito pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a pedido do Poder360. Utilizou a base de dados da Ptax –a taxa média de câmbio oficial do Banco Central.

Em 1994, US$ 1 era R$ 1. O mesmo US$ 1 de 1994 custa US$ 2,12 hoje ao corrigir o valor somente pela inflação dos Estados Unidos. Neste caso, se a inflação acumulada do Brasil fosse igual ou menor, seria possível esperar que a cotação fosse de mesmo valor (R$ 2,12).

Ao realizar um experimento contrário, que considera só a inflação desde 1994 do Brasil, o dólar estaria em R$ 8,10. Fechou a R$ 5,39 na 4ª feira (12.jun). Subiu menos do que a média de preços.

BRASIL E EUA

O Poder360 solicitou ao economista Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, a correção do dólar pela inflação tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos. O exercício considerou a moeda norte-americana como um produto e desconsiderou a dinâmica de variação. Portanto, a cotação mensal do dólar passou a ser, no cálculo, o histórico de preços históricos desta mercadoria.

Na prática, o dólar foi considerado um produto, como uma pilha que em julho de 1994 custa R$ 1 e passou a custar R$ 5,39 em 12 de junho de 2024. Neste caso, o levantamento desconsidera que o dólar tem suas variáveis próprias, como efeito de risco país e variação de compra e venda de moeda estrangeira.

Para se manter o valor de compra de US$ 1 de julho de 1994 seriam necessários US$ 2,11 hoje. Portanto, R$ 17,20 se a moeda brasileira incorporasse a inflação dos 2 países no período. Como o dólar subiu menos que a inflação no Brasil, bastam R$ 11 (2x de R$ 5,39) para comprar US$ 2.

A forma mais utilizada pelos economistas para analisar a trajetória do dólar corrigido pela inflação é a taxa efetiva real de câmbio. É feito a correção acumulada em cada ponto do passado. Neste caso, é possível visualizar que o dólar atingiu o maior patamar em setembro de 2002, quando atingiu R$ 8,14. Esse sistema permite notar com maior clareza os períodos em que a cotação do dólar estava no patamar mais baixo em termos relativos.

A Economist publica mensalmente o Índice Big Mac, em referência ao sanduíche vendido pela rede McDonald’s. Nele, é possível comparar o câmbio de mercado e o que seria nivelado pelo valor do alimento. O real deveria ser 5% mais caro em dezembro de 2023. Em junho de 2011, a diferença era de 154%. Desde 2011, uma versão incorpora a diferença do PIB (Produto Interno Bruto) por pessoa.

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