Investing.com – O dólar operou em queda em relação às principais moedas mundiais na sexta-feira, uma vez que os investidores realizaram os lucros na sequência de uma alta após o Banco Central dos EUA (Fed) ter indicado que poderia aumentar os juros na reunião de dezembro.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,38% para 96,99, no final do pregão para encerrar a semana em queda de 0,23%.
O dólar ficou sob pressão após dados na sexta-feira terem mostrado que os gastos do consumidor norte-americano subiram apenas 0,1% em setembro, o menor ganho em oito meses.
Um relatório separado mostrou que um índice de preços referentes aos gastos do consumidor recuou 0,1%, a primeira queda desde janeiro.
Os dados acalmaram as expectativas para as taxas de juros mais elevadas antes do ano terminar.
O iene ficou mais forte no início da sessão após a decisão do Banco do Japão de manter a política monetária inalterada.
No entanto, o BoJ reduziu suas projeções de crescimento e de inflação, alimentando expectativas de que poderia ampliar seu programa de estímulo no próximo mês.
USD/JPY atingiu baixas de 120,29 antes de atingir 120,61 no final do pregão. O euro ficou mais fraco em relação iene, com EUR/JPY sendo operado em baixas de 132,26 antes de fechar em 132,69.
A moeda única foi impulsionada por dados mostrando que a zona do euro saiu da deflação em outubro.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor na zona do euro subiu para zero no mês passado, após ter caído 0,1% em setembro, mas os custos de energia mais baixos continuaram pesando.
Outro relatório mostrou que a taxa de desemprego na zona do euro caiu para 10,8% em setembro, de 10,9% em agosto.
Os dados reduziram a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para que a instituição amplie seu programa de estímulo monetário.
A libra esterlina também ganhou terreno frente ao dólar, com GBP/USD avançando 0,76%, para 1,5426 em meio à crescente expectativa de que o Banco da Inglaterra poderia aumentar as taxas de juros mais cedo do que se esperava.
Os dólares australiano e neozelandês vinculados a commodities também foram estimulados pelos altos preços do petróleo. Na sexta-feira, AUD/USD subiu 0,87%, para 0,7135, e NZD/USD avançou 1,3%, para 0,6780.
A moeda australiana recebeu um impulso adicional após dados terem mostrado que a confiança das empresas na Nova Zelândia melhoraram pelo segundo mês consecutivo em outubro.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o relatório de sexta-feira sobre emprego, em busca de mais indicações sobre a força da economia.
As declarações dos bancos centrais do Reino Unido e da Austrália também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 5 de novembro
A Austrália deve divulgar dados oficiais sobre os alvarás de construção.
A Chinna deve publicar seu índice Caixin para o setor de manufatura.
A Suíça deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.
O Reino Unido deve produzir um relatório sobre a atividade industrial.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
Terça-feira, 3 de novembro
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
O Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Na zona do euro, a Espanha deve divulgar dados sobre a mudança na quantidade de pessoas desempregadas.
O Reino Unido deve publicar dados de pesquisa sobre a atividade do setor de construção.
Os EUA devem publicar dados sobre os pedidos às fábricas.
Quarta-feira, 4 de novembro
A Nova Zelândia deve publicar seu relatório trimestral de emprego.
A Austrália deve divulgar dados sobre as vendas no varejo e a balança comercial.
A China deve publicar seu índice Caixin sobre o setor de serviços.
O presidente do BCE, Mario Draghi, deve falar em um evento em Frankfurt.
O Reino Unido deve publicar dados de pesquisa sobre a atividade do setor de serviços.
Os EUA devem publicar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado.
Os EUA e o Canadá devem publicar dados sobre o comércio e o ISM deve publicar dados sobre a atividade do setor de serviços dos EUA.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve dar sua declaração sobre regulação bancária perante o Comitê de Serviços Financeiros do Senado, em Washington.
Quinta-feira, 5 de novembro
O presidente do Banco Central da Austrália (RBA), Glen Stevens, deve falar se pronunciar em um evento em Melbourne.
O Banco do Japão deve publicar a ata de sua reunião de definição de política monetária mais recente.
A Alemanha deve divulgar dados sobre os pedidos às fábricas.
O Banco da Inglaterra deve anunciar sua decisão sobre taxa de juros e publicar as atas da reunião de política monetária. O banco também deve publicar seu relatório trimestral sobre inflação.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego, bem como dados preliminares sobre os custos de mão-de-obra.
Sexta-feira, 6 de novembro
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar sua declaração de política monetária.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a produção industrial e a balança comercial.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal de emprego e dados sobre os alvarás de construção.
Os EUA devem resumir a semana com dados atentamente observados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).