Frankfurt (Alemanha), 22 set (EFE).- Os novos proprietários do
produtor automobilístico Opel querem recortar 11 mil empregos na
Europa, quase um quarto do total, deles 2.090 na fábrica espanhola
de Figueruelas (Zaragoza), 450 mais do que o previsto até agora.
O diário Frankfurter Allgemeine Zeitung (FACE) informou em sua
edição de hoje que a redução de empregos prevista até 2011 afeta na
Alemanha, sobretudo à fábrica de Bochum (oeste), onde desaparecerão
2.200 empregos dos 5 mil que tem na atualidade.
O rotativo alemão acedeu aos documentos do conselho consultivo da
sociedade fiduciária que administra atualmente Opel.
A feitoria de Opel em Figueruelas emprega atualmente a 6.400
pessoas e a redução de postos de trabalho prevista na Espanha se
produz em benefícioda feitoria alemã de Eisenach já que se
transferiria a produção do Corsa de três portas.
No total na Alemanha desaparecerão 4.116 postos de trabalho,
2.191 em Bochum, 1.427 em Rüsselsheim, 456 em Kaiserslautern e 42 em
Eisenach, segundo o FACE.
Opel tem atualmente 24.700 empregados na Alemanha e na Europa um
total de 45.370. Com a redução prevista o elenco na Europa se
situará em 2011 em 34.778 pessoas.
A fábrica de Bochum é a mais afetada pela redução de empregos
porque a fabricação de caixas de câmbio se transferirá à fábrica
austríaca de Aspern.
O jornal acrescentou que dentro de duas semanas o produtor de
autopeças austríaco-canadense Magna e seu sócio, o banco Sberbank
assinarão o contrato de compra de Opel.
Os países nos quais há fábricas de Opel decidem atualmente sua
possível e controvertida participação no crédito de 4,5 bilhões de
euros (US$6,615 bilhões) que a Alemanha já aprovou.
Bélgica é o país mais afetado já que se fechará a fábrica de
Antuérpia, onde 2.500 pessoas produzem atualmente o Opel Astra.
Na Inglaterra, se reduzirão quase 1.400 dos 4.500 empregos que
Opel tem em duas fábricas. A redução afeta sobretudo a Luton, onde
se fabrica a caminhonete Vivaro.
Representantes do elenco de Opel, da Magna e da matriz americana
General Motors se reuniram ontem na central da Opel em Rüsselsheim
(próxima de Frankfurt) para falar das demissões.
As conversas entre a futura nova direção de Opel e os sindicatos
prosseguirão na sexta-feira. EFE