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Batalha em Khan Younis ameaça maior hospital ainda em funcionamento em Gaza

Publicado 18.01.2024, 08:40
© Reuters. Ataque israelense a casa em Rafah
 18/1/2024  REUTERS/Mohammed Salem

Por Bassam Masoud e Nidal al-Mughrabi

GAZA/DOHA (Reuters) - As forças israelenses que lutam para tomar a principal cidade do sul da Faixa de Gaza bombardearam áreas próximas ao maior hospital ainda em funcionamento no enclave, nesta quinta-feira, fazendo com que pacientes e moradores fugissem de uma batalha que eles temem que destrua a cidade.

A batalha mais pesada do ano até agora estava em andamento em Khan Younis, uma cidade que está abrigando centenas de milhares de pessoas que fugiram do norte no início da guerra, agora em seu quarto mês.

A organização beneficente Médicos sem Fronteiras, que tem médicos no Hospital Nasser da cidade, disse que os pacientes e as pessoas deslocadas que se abrigam ali estavam fugindo em pânico.

Em Rafah, mais ao sul, 16 corpos estavam dispostos sobre os paralelepípedos manchados de sangue do lado de fora de um necrotério, a maioria em mortalhas brancas, alguns em sacos plásticos para cadáveres. Uma parte da família Zameli foi dizimada num ataque que destruiu a casa deles durante a noite.

Metade dos pacotes era pequena, contendo corpos de crianças. As autoridades disseram que 17 pessoas foram mortas no total.

Um homem de cabelos grisalhos gritava de tristeza enquanto se agarrava a um dos corpos, enterrando o rosto no cadáver envolto em uma mortalha. Uma mulher com um lenço de cabeça rosa chorava e acariciava uma das mortalhas.

No local do bombardeio, a casa havia sido completamente destruída. A bolsa escolar de princesa de uma menina estava entre os escombros. Lágrimas rolaram pelo rosto do primo Mahmoud al-Zameli, de 10 anos, que morava na casa ao lado.

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"Ontem, eu estava brincando com as crianças de lá. Todas elas morreram", afirmou, chorando. "Eu sou o único que ainda está vivo."

Após mais de três meses de uma guerra que matou mais de 24.000 palestinos e devastou grande parte da Faixa de Gaza, Israel disse que está planejando reduzir suas operações terrestres e mudar para táticas de menor escala.

Mas, antes disso, parece determinado a capturar toda a cidade de Khan Younis, que, segundo Israel, é a principal base dos combatentes do Hamas que invadiram a cerca da fronteira em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.

Moradores de Khan Younis disseram na quinta-feira que os combates se aproximavam mais do que nunca do Hospital Nasser, o maior hospital ainda em funcionamento no enclave, aumentando o temor de que ele caia sob cerco e seja fechado como o Shifa, o principal hospital do norte, capturado pelas forças israelenses em novembro.

"O que está acontecendo em Khan Younis agora é uma loucura completa: a ocupação bombardeia a cidade em todas as direções, do ar e do solo também", disse Abu El-Abed, de 45 anos, deslocado várias vezes com sua família de sete pessoas desde que deixou a Cidade de Gaza, no norte, no início da guerra.

"É semelhante ao que aconteceu antes de assumirem o controle do hospital Al Shifa", afirmou ele por telefone de Rafah, mais ao sul, onde estava procurando suprimentos e possíveis lugares para transferir sua família novamente. "Nos últimos três dias, eles destruíram bairros residenciais completos no centro da cidade e também na cidade de Abassan, no leste."

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Khan Younis está sem comunicação devido a um apagão de uma semana nos telefones celulares e na Internet. Os habitantes de Gaza só podem se comunicar com o exterior acessando redes móveis egípcias ou israelenses próximas à cerca da fronteira.

Os militares israelenses disseram ter matado 60 combatentes nas últimas 24 horas, incluindo 40 em Khan Younis. Os números não puderam ser verificados, mas dão uma ideia da localização e da intensidade dos combates.

Dois terços dos hospitais de Gaza, incluindo todas as instalações médicas na metade norte do enclave, já deixaram de funcionar completamente, e o restante está funcionando apenas parcialmente. A perda de Nasser reduziria drasticamente o limitado atendimento a traumas ainda disponível para os 2,3 milhões de habitantes de Gaza.

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