Investing.com – Após a divulgação dos resultados operacionais da Braskem (BVMF:BRKM5) para o 3T22, o banco BTG (BVMF:BPAC11) divulgou relatório aos clientes e ao mercado em que aponta que os números sinalizam fraco desempenho financeiro da companhia. A Braskem é líder brasileira na produção de resinas termoplásticas e grande produtora de polipropileno, com unidades industriais no Brasil, nos EUA, na Alemanha e em México. A capacidade de produção fica em torno de 20 milhões de toneladas de petroquímicos e produtos químicos anualmente.
A taxa média de utilização das centrais petroquímicas apresentou aumento em relação ao 2T22 (+5 p.p.), o que foi explicado pelo processo de retomada das operações após parada programada de manutenção na central petroquímica do Rio Grande do Sul e na planta de PVC Alagoas, de acordo com fato relevante divulgado pela Braskem. No Brasil, o volume de vendas de resinas subiu 2% em relação ao 2T22, mas as exportações foram menores no 3T22 em comparação ao 2T22 (-18%) e ao 3T21 (-17%).
De acordo com os analistas Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt, com exceção das vendas domésticas de resinas, a maioria parte dos negócios teve tendência de queda na demanda. O banco estima uma normalização dos spreads, o que ocorreu em ritmo acelerado durante o trimestre, além de projetar US$ 416 milhões em EBITDA do 3T22, um recuo trimestral de 48% e de 72% na base anual.
O relatório destaca o forte fluxo de notícias sobre o processo de desinvestimento da Novonor/Petrobras. Segundo os analistas, isso pode ser o principal impulsionador no curto prazo par as ações.
O BTG possui recomendação de compra para as ações da Braskem, com preço-alvo para as ações PNA em R$50. Os papéis recuavam 2,69% às 16h44 (de Brasília), cotados a R$33,60.