Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - O principal estrategista do JPMorgan (NYSE:JPM) recomendou que os clientes não aumentassem sua exposição a ativos de risco, já que a previsão é que continuem sob pressão.
O mais provável é que os ativos de risco, inclusive as ações de tecnologia, “continuem andando de lado, com risco de queda mais pronunciado”, escreveram aos clientes em nota. Essa tendência deve continuar em vigor até que o Fed comece a cortar as taxas de juros, “o que deve ocorrer em algum momento do ano que vem”, acrescentou.
“Os vetores de uma mudança de postura (corte de juros) serão gerados por uma combinação de maior desemprego, queda da inflação e certo estresse nos mercados financeiros. Como o aumento do desemprego não deve ocorrer tão cedo nos EUA, os mercados ficarão voláteis, aguardando melhores dados de inflação, uma desaceleração do crescimento e dos resultados, bem como riscos maiores de turbulência financeira”.
Mesmo assim, ele enxerga oportunidades ao redor do mundo. O estrategista menciona a reabertura na China como uma “importante aposta”, o que também pode impulsionar os ativos dos mercados emergentes, juntamente com o dólar.
No âmbito setorial, a nota destaca o setor de energia, que “continua apresentando valuations bastante atraentes, apesar da forte corrida de alta, bem como um retorno mais significativo de fluxos de caixa livre”.
“Recomendamos um peso maior em mineradoras, já que seu desempenho tem tudo para continuar positivo. Os estoques de metais estão baixos. O setor é uma clara aposta na reabertura da China e no enfraquecimento do dólar e ainda parece ser muito atraente, com balanços muito bons e uma perspectiva extraordinária de retorno de capital", continuou.