Por Tom Balmforth e Yuliia Dysa
(Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, comemorou uma “vitória” da Ucrânia e do continente europeu, nesta quinta-feira, depois que os líderes da União Europeia concordaram em abrir negociações de adesão para a Ucrânia e a Moldávia, apesar de meses de oposição da Hungria à adesão de Kiev.
A decisão anunciada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no primeiro dia de uma cúpula em Bruxelas, é um vitória muito necessária para o moral de Kiev, que teme que o apoio vital do Ocidente esteja diminuindo, enquanto a guerra com a Rússia continua sem um fim à vista.
"Agradeço a todos que trabalharam para que isso acontecesse e a todos que ajudaram. Parabenizo todos os ucranianos neste dia... A história é feita por aqueles que não se cansam de lutar pela liberdade", escreveu Zelenskiy em uma publicação na plataforma de rede social X, o antigo Twitter.
Em uma publicação separada no X, o presidente ucraniano acrescentou: "Esta é uma vitória para a Ucrânia. Uma vitória para toda a Europa. Uma vitória que motiva, inspira e fortalece."
Não ficou imediatamente claro qual foi o destino de um pacote de ajuda de 50 bilhões de euros para quatro anos, que Kiev espera que também seja acordado pelos líderes da UE na reunião desta semana.
A Ucrânia anunciou a sua proposta de adesão à UE já durante a guerra, depois de a Rússia ter lançado a sua invasão em grande escala em Fevereiro de 2022.
Kiev tem corrido para chegar a acordo e adotar reformas legislativas nas últimas semanas para cumprir os critérios para o lançamento das negociações, mas enfrentou forte oposição do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.