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IPCA-15 acelera para 1,11% em junho, maior desde 1995; em 12 meses, alta é de 3,8%

Publicado 21.06.2018, 09:50
Atualizado 21.06.2018, 09:50
© Reuters.  IPCA-15 acelera para 1,11% em junho, maior inflação desde 1995; em 12 meses, alta é de 3,68%

Arena do Pavini - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que serve de prévia para a inflação oficial, subiu 1,11% em junho, mostrando forte aceleração, de 0,97 ponto percentual, em relação à alta de 0,14% de maio e acima das expectativas do mercado, de 1,00%. A taxa de 1,11% repete a de junho de 1996 e foi a maior variação para um mês de junho desde os 2,25% de 1995, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou também o IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado por trimestre, e que subiu 1,46%, acima da taxa de 0,61% registrada no mesmo período de 2017. A alta da inflação de maio refletiu o aumento dos preços dos alimentos e bebidas, da energia elétrica e dos combustíveis, já indicando os efeitos da greve dos caminhoneiros, ocorrida no fim de maio, e que cortou o suprimento de vários produtos e provocou fortes aumentos de preços e desabastecimento.

Em 12 meses, alta é de 3,68%; índice é prévia da inflação oficial

Com isso, o acumulado no ano do IPCA-15 está em 2,35%, acima do 1,62% registrado em 2017. O acumulado nos últimos 12 meses foi 3,68%, acima dos 2,70% registrados nos 12 meses anteriores. Em junho de 2017 a taxa foi 0,16%. Assim, apesar da alta no mês, o IPCA-15 segue bem abaixo da meta de inflação do Banco Central (BC), de 4,5% este ano, com limite inferior de 3% e 6% para cima. De acordo com a inflação, o BC define os juros da economia, para evitar uma disparada de preços ou uma recessão.

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O BC usa como referência das metas de inflação o IPCA, que tem o mesmo cálculo do IPCA-15, mas considera a coleta de preços no mês fechado. O IPCA-15 fecha 15 dias antes pois considera os preços coletados do dia 16 de um mês até o dia 15 do mês de referência.

Alimentação e Bebidas e Transportes puxam inflação

Correspondendo a cerca de 60% das despesas das famílias, os grupos Alimentação e bebidas (1,57%), Habitação (1,74%) e Transportes (1,95%) foram os principais responsáveis pela aceleração do índice em junho. Juntos, os três grupos contribuíram com 1,01 p.p. de impacto no IPCA-15, equivalente a 91% do índice do mês, conforme a tabela a seguir.

GrupoVariação Mensal (%)Impacto(p.p.)Variação Acumulada (%)
AbrilMaioJunhoJunhoTrimestre12 meses
Índice Geral0,210,141,111,111,463,68
Alimentação e Bebidas0,15-0,051,570,381,67-0,08
Habitação0,260,451,740,272,465,70
Artigos de Residência0,13-0,110,380,010,40-0,32
Vestuário0,430,52-0,080,000,871,69
Transportes0,12-0,351,950,361,728,00
Saúde e Cuidados Pessoais0,690,760,550,072,015,74
Despesas Pessoais0,060,140,220,020,423,44
Educação0,020,110,010,000,145,15
Comunicação-0,150,140,020,000,01-0,07

Efeitos da greve dos caminhoneiros: batata sobe 45%

O grupo dos Alimentos, que em maio registrou queda de 0,05%, subiu 1,57% em junho, impulsionado principalmente pela alimentação no domicílio que, após alta de 0,09% de maio, acelerou em junho, atingindo 2,31%, com destaque para os itens: batata-inglesa (45,12%), cebola (19,95%), tomate (14,15%), leite longa vida (5,59%), carnes (2,35%) e frutas (2,03%). A alimentação fora de casa (0,29%) também mostrou aceleração no nível de preços ante a queda de 0,28% registrada em maio.

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Energia elétrica puxa custo da Habitação

No grupo Habitação (1,74%), o destaque, segundo o IBGE, foi o item energia elétrica, que apresentou alta de 5,44%, representando o segundo maior impacto individual no índice de junho. Além da vigência, a partir de 1º de junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2, adicionando a cobrança de R$0,05 a cada kwh consumido, as seguintes áreas pesquisadas sofreram reajuste nas tarifas:

Belo Horizonte (11,14%) – reajuste de 18,53% a partir de 28 de maio
Recife (8,18%) – reajuste de 8,47% a partir de 29 de abril
Salvador (8,77%) – reajuste de 16,95% a partir de 22 de abril
Fortaleza (4,18%) – reajuste de 3,80% a partir de 22 de abril
Porto Alegre (3,70%) – reajuste de 9,85% a partir de 19 de abril

Gás também dá fôlego à inflação

O Item gás encanado (1,70%) refletiu os reajustes de 1,87% ocorridos no Rio de Janeiro (0,99%), em vigor desde 1º de maio, e de 3,35% em São Paulo (3,07%), a partir de 31 de maio. Os preços do gás de botijão também aceleraram, ficando, em média, 2,60% mais caros.

Ainda no grupo Habitação, a alta no item taxa de água e esgoto (0,77%) foi consequência dos reajustes de 5,12% nas tarifas em Curitiba (4,90%), a partir de 17 de maio, 2,78% em Recife (2,44%), em vigor desde 12 de maio, de 3,50% em São Paulo (0,60%), desde 09 de junho, e de 4,09% em Salvador (0,27%), a partir de 12 de junho.

Combustíveis sobem quase 6%

Nos Transportes (1,95%), o grupamento dos combustíveis que havia caído 0,17% em maio subiu 5,94% em junho. O destaque foi a gasolina (de 0,81% em maio para 6,98% em junho), responsável pelo maior impacto individual no índice (0,31 p.p.), o que representa 28% do IPCA-15 de junho. O etanol acelerou em junho (2,36%), após a deflação (-5,17%) registrada em maio. O óleo diesel subiu 3,06%, após a alta de 3,95% de maio. A queda no item passagem aérea (-2,12%) foi menos intensa que a apurada em maio (-14,94%).

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Maior inflação foi em Belo Horizonte

Em todas a onze localidades pesquisas no IPCA-15 houve aceleração de preços no mês, sendo que apenas as regiões metropolitanas de Belém (0,76%) e Recife (0,95%) registraram índices abaixo de 1,00%, como mostra a tabela a seguir. A região metropolitana de Belo Horizonte teve o maior resultado (1,37%), influenciado pela gasolina (6,77%) e a energia elétrica (11,14%), devido ao reajuste de 18,53% nas tarifas, em vigor desde 28 de maio.

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%)Variação Acumulada (%)
AbrilMaioJunhoTrimestre12 Meses
Belo Horizonte11,230,220,101,371,693,77
Goiânia4,44-0,10-0,041,361,224,47
Porto Alegre8,400,200,671,242,124,13
Rio de Janeiro12,460,43-0,031,231,633,46
Brasília3,460,270,141,151,573,76
Salvador7,350,090,771,071,943,46
Fortaleza3,490,180,241,061,482,73
Curitiba7,790,140,241,041,423,77
São Paulo31,680,28-0,191,021,114,00
Recife5,05-0,070,730,951,622,71
Belém4,650,150,200,761,112,08
Brasil100,000,210,141,111,463,68

Por Arena do Pavini

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