Investing.com - A JBS (SA:JBSS3) dispara na abertura do pregão desta terça-feira com a notícia de restruturação de suas dívidas bancárias.
O papel é negociado a R$ 7,40, na máxima do dia às 10h45, salto de mais de 5% frente ao fechamento de ontem aos R$ 7,00. Esse é o maior valor de venda do ativo desde o início do mês passado, durante a forte volatilidade após a delação dos executivos da J&F e a notícia de venda de ativos e investigações da CVM.
Ontem a companhia informou que fechou acordo com diversos bancos para estabilizar dívida de R$ 20,5 bilhões por 12 meses. De acordo com fato relevante publicado ontem pela empresa, o pagamento de juros será mantido como nos contratos originais, assim como o pagamento de quatro parcelas de 2,5% do principal em 270 dias.
O acordo inclui ainda uma garantia aos bancos de que qualquer venda de ativos, ou outra entrada extraordinária de recursos, terá sua 80% de sua receita destinada ao pagamento das dívidas.
Desde de que a delação premiada de seus controladores veio a público em 17 de maio, as dúvidas sobre a liquidez da JBS pressionaram as ações que renovaram mínimas de mais de dois anos.
O receio em relação à companhia fez com que os principais bancos fechassem o acesso da JBS ao crédito, dificultando as operações da empresa, incluindo informações de que a parte das compras de insumos estaria com pagamentos sendo adiados.
Entre os credores da JBS estão a Caixa, Banco do Brasil (SA:BBAS3), Santander (SA:SANB11), BNP Paribas (PA:BNPP), HSBC, Rabbobank, Industrial and Commercial Bank of China, Bank of China e Deutsche Bank. O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) fechou acordo separado com a empresa para renegociar R$ 1,2 bilhões.
Para garantir liquidez, a JBS vendeu à Minerva (SA:BEEF3) por cerca de US$ 300 milhões as operações no Mercosul no início de junho.
No noticiário, a Cargill estaria considerando fazer uma proposta para a Pilgrim’s Pride, empresa da JBS baseada nos EUA.