Investing.com - Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, com os principais produtores de petróleo se aproximando de um acordo para aumentar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia com o argumento que precisam evitar uma possível escassez de oferta e estabilizar os preços.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em julho caiu 0,26%, para US$ 65,54 por barril, enquanto na Bolsa Intercontinental de Londres, o Brent afundou 2,22%, para encerrar a sessão negociado a US$ 72,08 por barril.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse que os membros e não-membros da Opep estavam perto de fechar um acordo para elevar a produção de petróleo e sugeriu um aumento de cerca de 1 milhão de barris para estabilizar os preços.
O acordo de corte de produção – fechado em novembro de 2016 – atingiu sua meta de reequilibrar o mercado de petróleo, restaurando os estoques globais para a média de cinco anos, disse Al-Falih.
As tentativas do líder de fato do cartel de chegar a um denominador comum sobre o aumento da oferta global têm sido dificultadas por outros membros da Opep, que parecem não estar dispostos a fazer concessões e elevar a produção.
O Irã foi um dos membros mais ativos da Opep contrário a um aumento na produção, insistindo que os preços do petróleo ainda precisam de suporte, mas já aceitaram a ideia de um modesto aumento na produção. Perto de enfrentar pesadas sanções norte-americana, o país persa gostaria de preços mais altos da commodity para minimizar os impactos do corte das exportações nas receitas.
Enquanto isso, a Rússia, que não faz parte da Opep, adotou uma postura mais agressiva sobre aumentos de produção, exigindo um aumento de 1,5 milhão de barris diários na produção, em meio a temores de que o mercado possa superaquecer à medida que a demanda aumentar em sua sazonalidade do verão do Hemisfério Norte.
A decisão deverá ser anunciada na sexta-feira.
A Opep também tem sido criticada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alegando que o cartel do petróleo estava "artificialmente" mantendo os preços do petróleo elevados.
Alguns analistas sugeriram que a Opep se esforçaria para alcançar um meio termo na ampliação da oferta, nem muito – o que irritaria o Irã – nem pouco, o que aumentaria o risco de preços mais altos do petróleo impactarem negativamente a demanda.
"O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, insinuou que a análise dos níveis de estoques médios de cinco anos não é uma boa medida da saúde dos mercados globais", disse uma equipe de analistas da Energy Aspect em nota.
"Se for verdade, então um aumento de 1 milhão de barris por dia entre agora e o final do ano não é garantido ... metade desse valor seria um bom compromisso."