Investing.com - O preço do petróleo ficou em terreno positivo após a sinalização de que a Opep não planeja encerrar o seu acordo para corte de oferta global com o aumento recente na cotação da commodity.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em fevereiro avançou US$ 0,24 para encerrar o dia a US$ 63,97 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou US$ 0,10 e fechou a sessão a US$ 69,26 o barril.
O ministro de Energia do Kuwait, Bakheet Al-Rashidi, disse nesta quarta-feira que o mercado de petróleo está ‘bastante estável’ e garantiu que a Opep segue comprometida a entregar os cortes de oferta ‘a qualquer custo’.
A fala de Al-Rashidi reduziu a preocupação de investidores de que a Opep poderia buscar uma saída para aumentar a produção e aproveitar o momento de valorização da commodity, que bate máximas de mais de três anos.
No radar dos traders está também a produção dos EUA, mais sensível ao aumento de preços, cujos produtores podem ser incentivados a investir para colocar em operação mais poços em áreas de shale.
O Goldman Sachs disse recentemente que os produtores do shale estavam com bons resultados com a recuperação dos preços do petróleo, suficiente para cobrir os custos de produção da ordem de US$ 50 a US$ 55 o barril.
O Morgan Stanley, por outro lado, identifica vários fatores que dão suporte aos atuais níveis de preço do petróleo. O banco destacou os custos baixos de endividamento enquanto aponta que o preço do petróleo não está acompanhando sua tradicional correlação com a inflação dos EUA, o que pode dar fôlego às cotações.
O banco elevou sua previsão do Brent para US$ 75 no terceiro trimestre, contra US$ 63 na projeção anterior.
Os investidores aguardam nas próximas horas a publicação dos estoques semanais de petróleo compilados pelo Instituto Americano de Petróleo (API). Amanhã, a agência de energia do país deverá publicar seus números oficiais, com expectativa de redução em 3,5 milhões de barris