MANILA (Reuters) - As Filipinas anunciaram que a vacina Dengvaxia, de prevenção contra a dengue, pode ter conexão com três mortes no país, de acordo com inquérito pedido pelo governo, e que a medicação não está pronta para ser ministrada para amplas populações.
O laboratório Sanofi (PA:SASY) revelou em novembro que a Dengvaxia, a primeira vacina do mundo contra a dengue, pode aumentar o risco de contração da doença em pessoas que nunca foram expostas ao vírus. As notícias causaram revolta nas Filipinas, onde mais de 800 mil crianças foram vacinadas em 2016.
"Nos solidarizamos com todas as famílias que sofreram a perda de uma criança. A missão da Sanofi Pasteur é reduzir ou eliminar o sofrimento de milhões de pessoas por meio da vacinação, incluindo nas Filipinas", disse um porta-voz do laboratório francês em comunicado.
O Ministério da Saúde das Filipinas interrompeu a vacinação com Dengvaxia em novembro. O órgão criou um painel de especialistas com dez membros para determinar se a vacina era a causa da morte de 14 crianças que receberam doses.
Desde então, o comitê comprovou três dessas mortes como possivelmente causadas pelo medicamento.