O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 6ª feira (5.abr.2024) que virou “crime ir na embaixada”. A declaração durante a entrega do título de cidadão alagoano, na ALE (Assembleia Legislativa de Alagoas), se dá depois da divulgação de que ele passou 2 noites na Embaixada da Hungria depois de ter o passaporte retido.
“Passou a ser crime ir na embaixada, ir no Alemão falar com traficante não tem problema”, disse. A declaração do ex-chefe do Executivo faz referência às idas de integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a comunidades do Rio de Janeiro.
O próprio Lula esteve no Complexo do Alemão, no Rio, em 12 de outubro de 2022 para um evento de campanha. Na ocasião, usou um boné com a sigla “CPX” que acabou se tornando alvo de polêmica. Opositores disseram que havia ligação com facções criminosas da região, o que foi negado posteriormente.
Já Dino visitou o Complexo do Maré, no Rio, no início de 2023. À época, era ministro da Justiça e Segurança Pública. Ele conheceu a comunidade a convite da ONG Redes da Maré, para participar do lançamento da 7ª edição do Boletim Direito à Segurança Pública na Maré, em 13 de março.
Importunação a baleia
No evento desta 6ª feira (5.abr), ao comentar sobre o episódio, Bolsonaro disse não ter “nada a ver com o pessoal acima do peso, mas o processo da baleia ainda está em andamento, não foi arquivado ainda”, disse.
O inquérito foi concluído pela PF (Polícia Federal) em 26 de março, que decidiu não indiciar o ex-presidente por importunação a uma baleia-jubarte no litoral paulista.
Ele diz ter “inaugurado a lei de [José] Sarney“, que proíbe a importunação de “toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras”.
A norma foi aprovada em 1987, durante o governo Sarney. Bolsonaro afirma que ninguém nunca havia sido processado pelo mesmo motivo.