O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma aparição neste sábado (21.out.2023) em comício realizado pelo PL Mulher em Belém, no Pará. No palco, o ex-presidente segurou uma bandeira de Israel e defendeu que o Brasil deve estar “preparado para tudo”. Sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do braço feminino do partido, também segurou uma bandeira israelense e fez uma oração pelo país do Oriente Médio.
O ex-presidente pediu a bandeira a uma pessoa que estava na plateia do evento. Então, declarou: “Nós temos que ser precavidos. Muitas vezes a gente acha que o que acontece na casa do vizinho, não pode acontecer na nossa casa. O que acontece em um país distante, não vai acontecer no nosso país. Nós temos que nos preparar para tudo”, disse.
Assista (55s):
Bolsonaro disse ainda que sempre esteve ao lado de “bons países” e voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Declarou que o Brasil não pode admitir ter um governo que “reluta em taxar o Hamas de terrorista”.
“O PT sempre esteve ao lado de ditadores, como o Maduro, o Ortega. Nós temos que estar ao lado de bons países, como eu sempre estive, entre eles, Israel”, afirmou.
Desde o início da guerra no Oriente Médio, Bolsonaro se posicionou favorável a Israel e condenou o grupo extremista Hamas. Na última 3ª feira (17.out), disse que o PT e o grupo palestino são “irmãos de alma” e que a “facção de Lula” defende “terroristas”.
As falas fazem referência à resolução publicada pelo PT na 2ª feira (16.out), que classificou os ataques do Hamas como “inaceitáveis”, mas fez uma dura crítica ao governo israelense ao dizer que o país comete “genocídio” contra os palestinos.
Apesar das declarações do ex-presidente e de opositores de que Lula se recusa a tachar o Hamas como um grupo terrorista, o petista usou o termo em publicação feita em 7 de outubro, dia dos ataques a civis israelenses.
