O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), disse que uma eventual saída da Uber (NYSE:UBER) do Brasil não causará problemas aos brasileiros, já que outras empresas do setor ocuparão esse mercado. Ele participou nesta 4ª feira (4.out.2023) da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.
“A Uber não vai sair do Brasil porque o número 1 da Uber é o Brasil. Se caso queira sair, o problema é só da [empresa], porque os concorrentes ocuparão esse espaço”, disse aos deputados.
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O ministro disse que a jornada dos motoristas de aplicativos apresentam condições análogas à escravidão. Ele defendeu que a regulamentação do setor tem que assegurar o pagamento de um salário mínimo, o excesso da jornada de trabalho e a previdência e proteção social.
Marinho mencionou que o governo está mediando as negociações entre os aplicativos, entregadores e motoristas. Ele ressaltou que os aplicativos de entrega e os motociclistas não estão conseguindo chegar a um consenso.
“As empresas estão muito vorazes nesse processo de enriquecimento e de apropriação da força desse trabalho e não estão aceitando as reivindicações desses trabalhadores”, disse.
O aplicativo de transportes foi condenado pela Justiça do Trabalho a contratar todos os motoristas ativos em sua plataforma e a pagar R$ 1 bilhão em danos morais coletivos. Segundo a decisão da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, a empresa sonegou direitos mínimos e deixou seus colabores sem proteção social.
A empresa informou que vai recorrer da decisão da Justiça do Trabalho e que não vai adotar nenhuma das medidas ordenadas até que os recursos sejam esgotados.
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