O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 6ª feira (17.nov.2023) que esperava já ter visto uma manifestação da Petrobras (BVMF:PETR4) sobre redução do preço dos combustíveis. Segundo o ministro, a estabilidade do dólar e a queda no preço do petróleo internacional poderiam ter tido efeito no valor cobrado aos consumidores.
“Eu já esperava uma manifestação da Petrobras, no sentido de reduzir preços, em especial do óleo diesel que impacta diretamente na inflação”, disse Silveira em entrevista à GloboNews.
O barril do tipo brent, referência no mercado internacional, acumula uma baixa de 6,7% em novembro e é negociado a US$ 79,80. No último reajuste anunciado pela Petrobras, em outubro, o preço do barril estava próximo de US$ 93.
Para Silveira, a conjuntura econômica abre espaço para uma redução real no preço do litro de óleo diesel de R$ 0,32 a R$ 0,42. Já para a gasolina, essa janela de redução seria de R$ 0,10 a R$ 0,12 no litro. Ele afirmou que essa inércia da Petrobras dificulta o combate à inflação, pois uma redução no custo de transporte pode reduzir também o preço em todas as cadeias de produção e consumo.
Por conta disso, Silveira disse que enviou uma manifestação à Casa Civil para que a Petrobras fosse cobrada por essa oportunidade de reduzir os preços. Na visão do ministro, a estatal deve ter suas políticas de governança respeitadas, mas precisa estar alinhada com os objetivos do governo.
Silveira afirmou que está na hora de “puxarmos a orelha de novo da Petrobras” para que a estatal seja o fio condutor de um dos principais compromissos de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de “abrasileirar os preços no Brasil”.