O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou nesta 6ª feira (5.jan.2024) que o aumento da fabricação de lançadores de mísseis é a principal prioridade do PTC (NASDAQ:PTC) (Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte) “para reforçar as capacidades de defesa nacional”. Ele realizou inspeção em uma fábrica de produção de TEL (transportador eretor lançador, em português) do país. Houve uma alta na demanda depois da visita. As informações são da emissora estatal KCNA.
De acordo com a KCNA, o líder norte-coreano disse que “é encorajador ver os funcionários da fábrica alcançando sucessos brilhantes na campanha de produção” para a construção de um “exército poderoso”.
As declarações de Kim Jong-un foram dadas na mesma data em que a Coreia do Norte disparou mais de 200 tiros no mar em direção a duas ilhas sul-coreanas. Seul chamou a ação de “provocação” e respondeu com exercícios de tiro em direção à Linha Limite Norte, segundo a Al Jazeera. Há uma escalada da tensão entre os 2 países.
No domingo (31.dez), Kim Jong-un pediu preparo das forças militares do país para uma eventual guerra contra a Coreia do Sul. Segundo ele, o conflito pode “eclodir a qualquer momento”.
Em outubro, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos condenaram “veementemente” o fornecimento de armas e equipamento militar da Coreia do Norte à Rússia. Para eles, os norte-coreanos buscam, em troca do apoio à Rússia, assistência “para desenvolver as suas próprias capacidades militares”.
TROCA DE TIROS
Os disparos norte-coreanos caíram no lado norte da fronteira marítima e não causaram danos. Os moradores das ilhas Yeonpyeong e Baengnyeong receberam recomendações de militares de Seul para evacuarem o local e procurarem abrigos antiaéreos.
Segundo a KCNA, a ação da Coreia do Norte foi uma “resposta natural” às ações militares dos “gângsteres militares” da Coreia do Sul.
Em discurso no domingo (31.dez), Kim Jong-un criticou os Estados Unidos pela aproximação com a Coreia do Sul e com o Japão. Ele chamou os militares norte-americanos de “gângsteres” e os sul-coreanos de “fantoches”.
“Os EUA visam o confronto militar com a Coreia do Norte a qualquer custo e estão cada vez mais desesperadamente empenhados nos preparativos para isso”, afirmou.