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Ação da Eletrobras dispara após Itaú apontar espaço para ganhos com privatização

Publicado 22.01.2020, 18:06
Ação da Eletrobras dispara após Itaú apontar espaço para ganhos com privatização
ELET3
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Por Paula Arend Laier e Luciano Costa

(Reuters) - As ações da Eletrobras (SA:ELET3) dispararam nesta quarta-feira, após o banco de investimento Itaú BBA ter apontado em relatório que os papéis da elétrica estatal têm amplo potencial de valorização em caso de sucesso nos planos do governo Jair Bolsonaro de privatizar a companhia.

Analistas do banco, que começaram a cobertura de Eletrobras na terça-feira, apontaram que as ações da empresa devem ter desempenho superior ao estimado para o mercado em geral ("outperform") e projetaram preço-alvo de 56 reais para os papéis ordinários da companhia ao final de 2020.

Isso representaria uma alta de 41,5% frente ao fechamento da terça-feira, de 39,57 reais.

Mas o caso mais otimista projetado pelo Itaú BBA, com uma privatização bem-sucedida, poderia levar as ações ON a 68 reais ao final do ano, com ganhos de quase 72% ante a cotação de terça-feira.

"Nós enxergamos um balanço muito atrativo entre riscos e retornos, com substancial espaço de alta se a companhia for privatizada e espaço de queda relativamente limitado se o governo federal abrir mão da possibilidade de privatização", escreveram os analistas em relatório com data de terça-feira.

As ações ON da Eletrobras operavam com ganhos de 5,5% por volta das 17h56 desta quarta-feira, a 41,75 reais, enquanto as PN tinham ganhos de quase 4,2%, a 42,40 reais.

No cenário visto como mais negativo pelo Itaú BBA, no qual a Eletrobras continuaria estatal, as ações ON da empresa poderiam cair para 32 reais.

Entre os argumentos para a recomendação, os analistas citaram expectativa de ganhos de eficiência adicionais, mesmo se a elétrica não for privatizada, e rápida desalavancagem, com potencial aumento no pagamento de dividendos no médio prazo.

Também afirmaram que, embora o projeto de privatização da Eletrobras careça neste momento de apoio político no Congresso Nacional, o governo federal poderia negociar o apoio necessário e seguir com os planos de desestatização em 2021.

O cenário base para o preço-alvo de 56 reais assume 50% de chances de sucesso na privatização, segundo o banco.

O projeto do governo para a privatização da Eletrobras prevê a capitalização da companhia por meio de uma oferta de novas ações que diluiria a participação da União na empresa.

Com os recursos da operação, a Eletrobras pagaria um bônus de outorga bilionário ao Tesouro em troca da renovação em condições mais favoráveis de contratos de concessão de suas hidrelétricas.

Os cálculos do Itaú levam em conta um bônus de outorga de 24 bilhões de dólares e a venda da energia das usinas nos novos contratos por 150 reais por megawatt-hora.

Os analistas também consideram uma redução de 15% na garantia física das hidrelétricas da Eletrobras, que é o montante de energia que elas podem vender no mercado, em meio à intenção do governo de revisar as garantias de boa parte do parque de usinas hídricas do Brasil até 2021.

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