Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações de bancos e empresas de crédito prolongavam suas perdas pelo segundo dia consecutivo, em meio a receios de que a variante delta do coronavírus possa frear a retomada da economia global.
Por volta das 16h (horário de Brasília), Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) e Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34) apresentavam queda entre 2% e 3%. O JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) caía menos, com recuo de 1,8%.
As perspectivas para os lucros bancários sofreram o impacto da queda acentuada dos rendimentos dos títulos nas últimas semanas, já que o receio sobre o retorno da inflação deu lugar a preocupações de que o ritmo da recuperação econômica possa estar diminuindo. A queda nos rendimentos dos títulos reduz as margens de empréstimo dos bancos e, consequentemente, a sua rentabilidade.
Os rendimentos do Tesouro também apresentavam redução na quinta-feira, embora tenha havido uma pequena recuperação em relação à mínima dia. Os títulos de 10 anos dos Estados Unidos recuavam 3 pontos a 1,29%, com as preocupações sobre o ritmo da recuperação econômica global e a busca dos investidores por portos seguros. Em certo momento, a queda era de 7 pontos.
O rendimento dos títulos de 30 anos dos Estados Unidos recuavam 3 pontos, a 1,91%. O rendimento dos títulos de 5 anos dos Estados Unidos, mais sensíveis às expectativas das variações nas taxas de juros de curto prazo, estavam em queda de 4 pontos, a 0,74%.
Os rendimentos e os preços são inversamente relacionados, e um ponto representa um centésimo de um por cento.
A reversão dos rendimentos ocorre depois de eles terem alcançado novas máximas em março, quando as preocupações quanto à inflação eram predominantes. Essas preocupações ainda não acabaram, mas por enquanto dividem espaço com receios sobre o crescimento do PIB.
Mesmo que a vacinação se acelere e as pessoas retomem trabalho e viagens, a rápida propagação da variante delta do coronavírus é a mais recente dor de cabeça para oficiais, banqueiros e economistas no equilíbrio entre crescimento e metas de inflação.