Por Agamoni Ghosh
(Reuters) - As ações de mercados emergentes caíam pelo terceiro dia consecutivo nesta terça-feira, depois que Wall Street recuou para seus níveis mais baixos em mais de um ano, após uma série de dados fracos em todo o mundo.
A maioria das moedas dos países em desenvolvimento se manteve firme contra um dólar enfraquecido, que passou a recuar com a especulação de que o Federal Reserve dos EUA pode suavizar sua postura na política monetária em meio a riscos de desaceleração do crescimento econômico.
"As ações dos mercados emergentes estão seguindo as grandes quedas dos EUA na noite passada e tudo isso parece vir de uma preocupação crescente com a saúde da economia global", disse Jason Tuvey, economista-sênior de mercado emergente da Capital Economics.
As ações na China e Hong Kong caíram, à medida que os investidores avaliavam o impacto de uma desaceleração econômica. O presidente chinês, Xi Jinping, não ofereceu novas medidas específicas de apoio em um discurso que marcou 40 anos de abertura do mercado.
Os investidores agora estarão de olho na Conferência de Trabalho Econômico Central da China, que será realizada em Pequim nesta semana, onde há expectativa de que o governo anuncie medidas de estímulo.
As moedas dos mercados emergentes ficaram estáveis em relação ao dólar antes da última revisão de política monetária do Fed de 2018, em que a expectativa é de um anúncio de aumento de juros. Os mercados estarão mais concentrados em sua orientação sobre uma possível pausa no ciclo de aumento de juros em 2019.
As moedas de importadores de petróleo, como a rúpia da Indonésia e a lira turca, se fortaleciam à medida que os preços do petróleo caíam pela terceira sessão consecutiva, com preocupações sobre o excesso de oferta.
A queda nos preços do petróleo limitou os ganhos do rublo russo, enquanto o índice acionário de Moscou caiu mais de 1 por cento, atingindo a mínima de três semanas, com a queda liderada pela queda nas ações de energia.